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Departamento do Tesouro dos EUA afirma ter sido alvo de ciberataque da China
Foto: Reprodução

O Departamento do Tesouro dos EUA afirmou ter sido alvo de um ciberataque lançado por agentes ligados à China no começo do mês, que afetou algumas de suas estações de trabalho, mas não causou danos ou permitiu o acesso a informações confidenciais. A ação foi mais uma atribuída à China em um ano marcado por ataques contra órgãos do governo americano e empresas de setores estratégicos, como o de telecomunicações.

 

O ataque foi detalhado em uma carta enviada pelo Departamento do Tesouro ao Congresso, e obtida pela AFP. Segundo o texto, um “agente patrocinado pela China” acessou de forma remota alguns computadores de trabalho, e obteve documentos não confidenciais.

 

O caso aconteceu no começo do mês, e após a ameaça ser identificada o departamento entrou em contato com a agência de cibersegurança do governo, além de autoridades da área criminal, para estabelecer o impacto do ataque e suas consequências.

 

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— O serviço comprometido BeyondTrust foi tirado do ar e não há evidências indicando que o agente da ameaça tenha continuado a acessar os sistemas ou informações do Tesouro — acrescentou um porta-voz do departamento, citado pela AFP.Não foram fornecidos detalhes sobre qual seria o ator ligado à China que realizou o ataque, e o porta-voz afirmou que novas informações seriam reveladas

 

Ao longo do ano, o governo americano acusou Pequim de patrocinar ciberataques e tentativas de invasão contra vários setores da economia e da vida pública do país. Desde o final de setembro, empresas de telecomunicação relatam ações vinculadas ao governo chinês e voltadas prioritariamente a sistemas usados por serviços de segurança e inteligência, mas que também afetaram milhares de consumidores.

 

De acordo com o FBI, que lidera as investigações, empresas como Verizon, AT&T e Lumen Technologies foram atacadas pelo grupo conhecido como “Salt Typhoon”, acusado de ser patrocinado pela China. Alguns investigadores, citados pelo Wall Street Journal, em outubro, alegam que "os hackers podem ter tido acesso à infraestrutura de rede usada para cooperar com solicitações legais de dados de comunicação dos EUA”, incluindo em casos envolvendo o Estado chinês.

 

Na reta final da campanha presidencial, em outubro, a imprensa americana revelou que hackers supostamente ligados a Pequim tentaram invadir os telefones da campanha do então candidato Donald Trump e de seu vice, J.D. Vance, além da campanha da vice-presidente Kamala Harris e de integrantes do governo federal. Os investigadores não revelaram se os invasores conseguiram obter informações privadas.

 

A menos de um mês da posse de Trump, futuros integrantes da nova administração defendem o endurecimento das respostas aos ciberataques chineses.
— Temos tentado, ao longo dos anos, jogar uma defesa cada vez melhor quando se trata de cibernética — disse, em entrevista à CBS News, Mike Waltz, indicado por Trump para ser o novo conselheiro de Segurança Nacional. — Precisamos começar a atacar e começar a impor, eu acho, custos e consequências maiores para atores privados e atores do Estado-nação.

 

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Para ele, é necessário "começar a mudar comportamentos do outro lado, em vez de apenas ter esse tipo de escalada constante de sua ofensiva e nossa defesa", além de “impor custos” mais elevados, ao comentar a possibilidade de sanções econômicas.

 

Fonte: O Globo

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