Um analista da Bloomberg estima que o Chrome, usado por mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo, poderia ser vendido por pelo menos US$ 15 bilhões
Lançado em 2008, o Chrome conquistou cerca de 70% do mercado de pesquisas online, desbancando seus concorrentes Edge e Safari, desenvolvidos pela Microsoft e Apple, respectivamente. Especialistas consideram algumas dificuldades, mas afirmam que o Google encontraria um modo de se recuperar se fosse forçado a vender o navegador.
— Não acredito que perder o buscador vai matar o Google como empresa — afirmou a professora de publicidade da Universidade de Syracuse, Beth Egan.No entanto, ela ressalta que perder o Chrome representaria "uma mudança drástica no modelo de negócios" do Google. —Isso seria um enorme golpe para a empresa — pontuou o analista da Wedbush Securities, Dan Ives.
—Vender o Chrome deixaria o Google sem uma fonte importante de informações que ela poderia usar para ensinar seus algoritmos e promover outros serviços como o Maps — explicou o analista. Um analista da Bloomberg estima que o Chrome, usado por mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo, poderia ser vendido por pelo menos US$ 15 bilhões. Mas a falta de precedentes tornou difícil prever o valor do navegador no mercado.
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Em 2016, um grupo de investidores chineses comprou o mecanismo de buscas norueguês Opera Software ASA, que na época tinha apenas 350 milhões de usuários, por US$ 600 milhões “Os compradores potenciais do Chrome realmente não são muitos”, disse a analista sênior da Emarketer, Evelyn Mitchell-Wolf, ao considerar que “qualquer empresa que tenha dinheiro suficiente para comprar Chrome, já que ela está sob escrutínio das autoridades antimonopólio”.
A analista considerou, no entanto, que o governo americano poderia autorizar a venda a um grupo do país para "dar prioridade à inovação na Inteligência Artificial (IA) e para posicionar em nível mundial os Estados Unidos nesta área". Analistas concordam que as pessoas seguirão usando o Chrome sem importar com seu proprietário, desde que a qualidade do serviço não diminua. — Isso supõe que o Chrome mantenha suas funções mais populares e continue inovando — disse Mitchell-Wolf.
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— Os comportamentos de busca são uma função da conveniência em primeiro lugar, e de confiança e experiência em segundo — continou O Departamento de Justiça argumenta que as pessoas usam o Chrome porque ele é o navegador padrão em seus dispositivos e que, se tivessem outras opções, elas as usariam, mas analistas consideram isso "improvável".
Fonte: O Globo