Em 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data, além de relembrar a história de liberdade da população negra no Brasil, desempenha o papel de conscientizar as pessoas sobre o racismo e a luta pela igualdade de direitos e também celebra a cultura afro-brasileira.
Para mostrar a importância desta data, conheça cinco fatos sobre o Dia da Consciência Negra que você precisa saber.
Zumbi dos Palmares nasceu na antiga Capitania de Pernambuco, em Alagoas. Foi um dos maiores representantes na luta pela resistência e contra a escravidão colonial. Zumbi se destacava por suas habilidades de guerra, força e coragem. O líder morreu em 1695, após ter tido seu esconderijo denunciado.
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O Palmares do nome de Zumbi se refere ao Quilombo dos Palmares, o maior do período colonial. O local funcionava como uma nação autossustentável, com um rei na capital, agricultura e segurança reforçada para proteger os escravos que haviam fugido dos engenhos.
O dia 20 de novembro faz parte da Semana da Consciência Negra, período do ano com eventos, manifestações e palestras que visam educar, conscientizar e lutar pelos direitos da comunidade negra no Brasil.
Apesar da data já ter sido sugerida em 1971, só começou a fazer parte do calendário escolar em 2003 e foi instituída em todo o Brasil em 2011, pela Lei nº 12.519. Apesar disso, o dia é facultativo, apenas algumas cidades e Estados do Brasil optaram por declarar feriado.
Foto: Reprodução
O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de população negra, apenas atrás da Nigéria. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), nosso país conta com 56,2% habitantes negros, contando pretos e pardos.
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Abdias do Nascimento: militante na luta contra a discriminação racial, Abdias do Nascimento foi um poeta, artista visual, ator, diretor e dramaturgo que também buscava a valorização da cultura negra.
Aparecida Sueli Carneiro: uma das representantes do feminismo negro, Aparecida Sueli Carneiro é doutora em Filosofia, escritora e ativista dos direitos humanos. Em 1988, foi responsável por fundar o Geledés – Instituto da Mulher Negra.
Djamila Ribeiro: com sua presença nas redes sociais, a filósofa, escritora e ativista se tornou uma referência para o Movimento Negro brasileiro. Em 2020, um de seus livros, o “Pequeno Manual Antirracista”, recebeu o Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira.
POR QUE 20 DE NOVEMBRO?
Nos anos 70, jovens estudantes negros liderados pelo Grupo Palmares – militantes e pesquisadores da cultura negra – se reuniram no Centro de Porto Alegre para criar uma alternativa para a antiga data que marcava a luta dos negros pela liberdade, o dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, 13 de maio de 1888.
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Foi então que optaram pela data celebrada até hoje, dia 20 de novembro, em homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, símbolo do movimento abolicionista.
Fonte: ND+