Obtida através da liberação de força pelo núcleo de átomos cujas partículas se desintegram, a energia nuclear é reconhecida universalmente como uma importante alternativa aos combustíveis fósseis.
Aspectos relacionados à questão ambiental, como a baixa emissão de poluentes, e econômicas, em virtude de seu baixo custo de operação, tornam ela objeto dos mais variados usos.
Ainda temos em mente a finalidade assustadora dada pelo ser humano, como nas bombas nucleares, ou os desastres em usinas nucleares. No entanto, o uso de tecnologia nuclear teve, ao longo de nossa história, algumas aplicações bastante inusitadas – e até mesmo curiosas.
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1. BANHO RADIOATIVO PARA DORES CRÔNICAS
A dor crônica é um problema que afeta parcela considerável da população. Enquanto nos Estados Unidos, as farmacêuticas desenvolvem remédios potentes (e viciantes) para sanar essas dores, no Japão foi desenvolvido um método inusitado: banhos radioativos.
Uma casa de banhos oferece a seus clientes a oportunidade de mergulhar em água exposta ao elemento químico rádio, amplamente utilizado na medicina.
Pacientes com artrite e demais doenças degenerativas têm relatado alívio nas dores a partir de tratamentos de spa com o gás. Importante frisar que a dose é baixa e o tempo de tratamento reduzido.
2. RAPOSAS RADIOATIVAS COMO ARMA DE COMBATE
Durante a Segunda Guerra Mundial, vimos pela primeira vez o uso de uma bomba nuclear contra civis. Porém, essa não foi a única ideia colocada em prática durante o confronto. Militares norte-americanos criaram a Operação Fantasia, cujo objetivo era contaminar raposas com tinta radioativa para explorar uma superstição dos japoneses.
A partir do folclore local, criariam pânico fazendo surgir os kitsune, uma espécie de raposa mística. A ideia é que as raposas brilhariam no escuro em virtude da radioatividade, causando pânico entre os militares japoneses. Foram pintadas 30 raposas em um teste, mas o projeto foi abandonado por ser considerado de difícil execução.
3. CRIAÇÃO DE UM LAGO
Em 1965, a União Soviética decidiu que queria criar um novo lago. A solução para isso? Explodir uma bomba atômica de 140 quilotons, ou seja, 10 vezes mais potente que a lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima, sobre uma região no Cazaquistão. A ideia era conseguir tornar um leito de rio seco em um novo lago.
O sucesso foi total, com água sendo extraída de um rio próximo à explosão. Conhecido popularmente como "Lago Atômico", é considerado seguro e pode ser frequentado, apesar de ser extremamente radioativo. O Lago Chagan apareceu na série documental Turismo Macabro, disponível na Netflix.
4. CONSERVANTE DE ALIMENTOS
Associamos a radiação nuclear com mutações, até mesmo em alimentos, mas a verdade é que a energia nuclear tem a capacidade de prolongar a vida útil dos alimentos. A radiação ionizante não prejudica os alimentos, além de conseguir matar microrganismos.
Na prática, ela faria com que bactérias responsáveis pelo apodrecimento de frutas e outros tipos de alimentos não se proliferassem, permitindo que permanecessem frescos por um tempo maior. Essa radiação também é eficaz contra insetos e larvas.
5. IMPEDIR UM INCÊNDIO
Fotos:Reprodução
Urtabulak é um campo de gás natural localizado na região sul do Uzbequistão, próximo à fronteira com o Turcomenistão. Durante o período em que fazia parte da União Soviética, no ano de 1966, o local passou por uma explosão, interrompida pelo governo soviético a partir do uso de uma bomba nuclear.
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Foram longos três anos de um incêndio que parecia ficar cada vez mais fora de controle, ainda que as autoridades fizessem todos os movimentos para apagá-lo. A última opção foi colocar uma bomba de 30 quilotons próximo ao respiradouro que estava em chamas. A explosão foi bem-sucedida, selando o poço por completo e não havendo nenhum vazamento de radiação.
Fonte:Mega Curioso