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09/08/2022

A história da última 'bruxa' de salém que foi perdoada

Foto: Reprodução

O julgamento das bruxas de Salém, ocorrido entre 1692 e 1693 em Massachusetts é um caso famosíssimo de perseguição às mulheres e às pessoas marginalizadas. Na ocasião, mais de 200 pessoas foram acusadas de praticar bruxaria em Salém e em regiões vizinhas. Ao fim de todos os julgamentos, 20 pessoas foram executadas.

 

Quatro anos depois, em 1697, o juiz Samuel Sewall, que participou dos julgamentos, manifestou culpa por ter feito parte deste processo. Em 1702, o Tribunal de Massachusetts considerou todas as condenações ilegais. Por fim, um projeto de lei foi aprovado derrubando todas as sentenças dadas por feitiçaria e exonerando todas as vítimas.

 

Ainda assim, uma única mulher não foi inocentada até pouco tempo. Seu nome é Elizabeth Johnson Jr. Patel.

 

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Como Elizabeth Johnson Jr. foi inocentada?

 

A exoneração de Elizabeth Johnson ocorreu apenas em julho de 2022, por meio de um documento assinado por Charlie Baker, governador de Massachusetts. Isto aconteceu, portanto, 329 anos depois que Elizabeth foi considerada culpada de praticar bruxaria.

 

Esta decisão envolve a campanha bem-sucedida que foi realizada por um grupo bem inesperado: Carrie LaPierre, que é uma professora de Massachusetts, e sua turma de educação cívica da oitava série.

 

Carrie LaPierre descobriu a história de Elizabeth Johnson Jr. em 2019. Ela trouxe o caso para seus alunos na North Andover Middle School, e eles se engajaram em um projeto para pesquisar sua história e fazer uma petição aos legisladores de Massachusetts para que seu nome fosse finalmente inocentado.

 

A professora explica: “os alunos passaram a maior parte do ano trabalhando para conseguir este conjunto para a legislatura – realmente escrevendo um projeto de lei, escrevendo cartas para legisladores, criando apresentações, fazendo toda a pesquisa, olhando o testemunho real de Elizabeth Johnson, aprendendo mais sobre os julgamentos das bruxas de Salém”, explicou LaPierre em uma entrevista ao Boston Globe.

 

A condenação das bruxas de Salem

 

Os estudantes fizeram um longo levantamento da história das bruxas de Salém, cujos julgamentos foram motivados, em parte, pela xenofobia e pelo machismo. A maior parte das vítimas era de mulheres, que estavam entre “os membros mais marginais da sociedade”, conforme escreveu a estudiosa de literatura Bridget Marshall. Dentre estas acusadas, estavam uma mulher escravizada, uma em situação de rua e outra que era conhecida porque discutia publicamente com o marido.

 

Elizabeth Johnson era moradora de Andover, no Massachusetts. Historiadores dizem que ela provavelmente tinha alguma deficiência, o que pode tê-la tornado um alvo fácil para alegações de bruxaria.

 

Quando foi denunciada por praticar a "magia do diabo", em 1692, Elizabeth tinha apenas 22 anos, e 28 membros da sua família já tinham sido acusados de bruxaria, incluindo sua mãe, suas tias e seu avô. Ela foi condenada à morte, mas sua pena foi suspensa pelo governador de Massachusetts. Quando morreu, em 1747, tinha 77 anos.

 

A grande questão que ninguém sabe explicar bem é: por que várias outras pessoas tiveram seus nomes "perdoados", mas Elizabeth Johnson continuou com o nome "sujo" por três séculos? Os historiadores não sabem dizer ao certo, mas creem que houve alguma confusão administrativa, uma vez que sua mãe foi exonerada da condenação.

 

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Por sorte, mais de trezentos anos depois, Elizabeth contou com a ajuda de estudantes de ensino médio para que fosse finalmente feita a justiça sobre a sua história.

 

Fonte: Mega Curioso

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