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A Inteligência Artificial do WhatsApp vai usar seus dados para treinar robôs?
Foto: Reprodução

A inteligência artificial WhatsApp pode usar os dados das pessoas como forma de treinar seu próprio robô?

Aos poucos, a Meta AI está chegando ao WhatsApp, e outras redes sociais da empresa, para os brasileiros. Contudo, assim como grande parte das coisas novas, essa também trouxe consigo algumas dúvidas. Como, por exemplo, a inteligência artificial WhatsApp vai usar os dados das pessoas para treinas robôs?

 

No caso da Meta AI, ela usa uma inteligência artificial generativa, que é quando um robô consegue criar textos, imagens ou áudios em resposta a uma solicitação do usuário. Por isso que uma pessoa pode pedir para a Meta AI do WhatsApp traduzir alguma coisa, dar dicas sobre algo e fazer perguntas.

 

E para que isso seja feito, os robôs tem que ser treinados com uma quantidade grande de dados e depois catalogando eles. Conforme a própria Meta, a conversa que é tida com um robô é usada para treinar a IA, no entanto, o conteúdo não é relacionado com informações pessoais.

 

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Para entender melhor, se uma pessoa chamada João mora em Maceió e pedir informações a respeito de filmes, o que ele pediu irá ajudar no treinamento do robô, mas não será registrado que quem pediu isso foi o João de Maceió.Nesse ponto, a Meta garante que todas as mensagens e ligações pessoais no WhatsApp não são acessadas nem pela própria empresa e nem pela inteligência artificial. Todas essas comunicações são criptografadas.

 

Contudo, conforme a política de privacidade da empresa, os chamados metadados, que incluem a localização, o tipo de celular e versão do aplicativo do usuário podem sim ser informações usadas. Na visão de Rafael Zanatta, codiretor da organização Data Privacy Brasil, a Meta pode usar essa informações para fins comerciais.

 

Foto: Reprodução

 

“A Meta tem um histórico de exploração dos metadados. Ela sempre diz que os dados são protegidos e que a criptografia ponta a ponta está mantida. Mas ela faz criptografia para o conteúdo da conversa, e não para os metadados. E aí ela explora economicamente esses metadados”, explicou.

 

E como o Brasil é um dos países que mais usa o WhatsApp, a quantidade de metadados é gigante e pode ser usado na direção de publicidade ou para encontrar padrões de consumo.

 

“Tem estudos de economia que mostram que você consegue catalogar a população a partir dos metadados do celular dela. Se ela está num Wi-Fi potente no iPhone, ela pertence a uma classe bem específica. Ou se está no 3G, em mobilidade urbana, usando um celular velho”, exemplificou Rafael.

 

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E para quem tem “medo” ou algum tipo de receio da inteligência artificial do WhatsApp, a Meta tem um formulário online para aqueles que quiserem se opor ao uso das suas mensagens com o robô do mensageiro. Nesse formulário, a pessoa tem que dar o número de telefone vinculado com a conta do WhatsApp, com o código de país (DDI) e de área (DDD). 

 

Fonte: R7

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