Realização do Enem dos Concursos, nomeações para o governo federal e desintrusão de terras indígenas podem sofrer prejuízos
Os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) anunciaram o início de uma “operação padrão” a partir desta segunda-feira (22). O comunicado é da União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) que, por meio de nota, ainda chama a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente da agência de “governo do desmonte”.
Operação padrão é um termo utilizado quando servidores públicos, em forma de protesto, passam a executar minuciosamente normas e procedimentos. A ação, embora não interrompa, tem intenção de diminuir o ritmo do trabalho. Isso, na prática, prejudica a eficiência e a produtividade, o que causa atrasos e dificuldade nas operações.
Segundo a Intelis, a operação padrão pode comprometer a realização do Concurso Nacional Unificado (CNU), também chamado de Enem dos concursos, e a reunião do G20, grupo que reúne governos das principais economias do mundo.“Às vésperas da realização de eleições municipais, CPNU [Enem dos Concursos], reunião do G20 e desintrusão de terras indígenas, eventos críticos e do interesse de agentes adversos, o governo do Brasil decide abrir mão da sua agência de inteligência e escolhe deliberadamente tomar decisões à base do improviso”, afirmou a Intelis por meio de nota.
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A instituição explicou à CNN que, além de trabalhar na proteção de terrorismo, espionagem e contraespionagem, a Abin também executa atividades em outras áreas que podem sofrer prejuízos.Uma delas é a realização do Enem dos Concursos. A agência é um dos órgãos responsáveis por apontar itinerários para o transporte de provas e fiscais em regiões de difícil acesso, como na Amazônia.
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A Intelis explicou ainda que, entre as atividades que podem ser prejudicadas, estão as nomeações para o governo federal, uma vez que a Abin investiga indicações feitas para cargos públicos. A agência também atua diretamente no trabalho de identificação de atividades ilegais e retirada de intrusos de terras indígenas.
Fonte: CNN