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Alckmin defende projeto que dispensa autoescola para CNH e diz que custo de atual para tirar carteira é 'inviável'
Foto: Reprodução

Fui professor de química e é uma ótima solução, brinca vice-presidente, ao comentar fala do republicano

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu neste sábado a proposta do ministro dos Transportes, Renan Filho, de permitir a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem a obrigatoriedade de frequentar autoescolas. Em visita à concessionária Hyundai Smaff, no Setor de Indústrias e Abastecimento, em Brasília, Alckmin afirmou que o custo atual, que pode chegar a R$ 4 mil para tirar carteira para moto e carro simultaneamente, é incompatível com a realidade da população.

 

— Temos estados no Brasil que têm três vezes mais motos do que carteiras. As pessoas estão rodando sem habilitação. Não pode uma carteira AB custar R$ 4 mil, quem pode pagar isso? Essa proposta do Renan reduz o custo e desburocratiza — disse.


O projeto prevê que os candidatos continuem obrigados a realizar provas teóricas e práticas aplicadas pelos Detrans, mas flexibiliza o processo de formação: será possível contratar instrutores autônomos credenciados e realizar as aulas teóricas de forma online. A estimativa do Ministério dos Transportes é de que o valor da habilitação possa cair até 80% com a medida.

 

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A proposta, porém, divide opiniões. Entidades do setor de trânsito afirmam que a mudança pode comprometer a qualidade da formação e impactar a segurança viária. Representantes de autoescolas alertam que até 15 mil estabelecimentos podem fechar e que cerca de 300 mil empregos estão em risco. Renan Filho rebate as críticas afirmando que não se trata de extinguir as autoescolas, mas de acabar com a obrigatoriedade de que todo candidato passe por elas.

 

Alckmin também aproveitou para destacar outros eixos da política econômica. Ele citou a mudança no Imposto de Renda, que amplia a faixa de isenção e, em sua avaliação, terá efeito imediato no consumo.

 

— Com a mudança do imposto de renda, a população vai ter mais renda e um poder de compra maior. Isso fortalece o mercado interno — afirmou.

 

O vice ainda comentou as negociações comerciais com os Estados Unidos, após a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump em Washington. Parte dos produtos brasileiros foi retirada do chamado tarifaço e, mais recentemente, a tarifa sobre madeira macia e serrada caiu de 12% para 10%.

 

— Se a gente somar as reduções, dá 1,7 bilhão de dólares, o que significa cerca de 4%. O encontro foi importante e temos convicção de que teremos próximos passos — avaliou.

 

Ele aproveitou para brincar com a fala de Trump na ONU, quando o republicano disse ter tido “boa química” com Lula. — Eu fui professor de cursinho de medicina, dei aula de química, e a química é uma ótima solução — ironizou.

 

Por fim, Alckmin comentou a crise de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas, que já soma dezenas de casos suspeitos e pelo menos 12 mortes em apuração.

 

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— Duas medidas estão sendo tomadas que são importantes: investigação, porque isso é crime, e o tratamento. O Ministério da Saúde está disponibilizando o etanol farmacêutico. Vamos investigar e tratar, alertar para os sintomas de náuseas. Se Deus quiser, vamos superar rápido isso — disse. 

 

Fonte:  O Globo

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