Anúncio foi feito por autoridades regionais do país europeu
Autoridades regionais da Alemanha anunciaram nesta sexta-feira que a variante brasileira do novo coronavírus foi identificada no país. No início deste mês, a detecção de uma nova linhagem do Sars-CoV-2 com mutações em japoneses que estiveram no Amazonas acendeu o sinal de alerta no mundo e levou o Reino Unido a proibir a entrada de viajantes com origem no Brasil e outros países latino-americanos, além de Portugal.
A pessoa infectada retornou na última quinta-feira de uma viagem ao Brasil e desembarcou em Frankfurt, o aeroporto mais movimentado da Alemanha, segundo informaram autoridades sanitárias do estado de Hesse, na região central do país europeu. A unidade federativa já havia identificado pacientes que contraíram a variante britânica e sul-africana do coronavírus. De acordo com o ministro regional de Assuntos Sociais, Kai Klose, exames laboratoriais confirmaram o contágio pela nova linhagem.
O indivíduo não apresentou sintomas e foi diagnosticado por meio de um teste molecular RT-PCR, que atestou a linhagem brasileira. Klose pontuou, no entanto, que é necessária uma contraprova ainda pendente, segundo a emissora estatal Deutsche Welle.
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O Instituto Robert Koch, agência da Alemanha para o controle e prevenção de doenças, informou que monitora de perto a circulação de variante do Sars-CoV-2 no país. Ainda seguno o Robert Koch, a mutação brasileira é similar à identificada na África do Sul e que uma maior capacidade infecciosa provocada pelas alterações é uma tese "plausível".
Novas variantes
O planeta acompanha com preocupação o surgimento de mutações potencialmente mais infecciosas do que as demais linhagens do patógeno que já circulam. As variantes surgidas no Reino Unido e na Africa do Sul ganharam manchetes em dezembro e podem estar relacionadas à alta de casos de Covid-19 nestes países, segundo cientistas. O mesmo pode se aplicar à B.1.1.28, detectada no Brasil e com prevalência crescente em Manaus, que vive um colapso no sistema de saúde e registra índices recordistas de infecções e óbitos.
Na última quinta-feira, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças Europeu (ECDC), ligado à União Europeia (UE), afirmou em um comunicado que as mutações do novo coronavírus encontradas no Brasil, Reino Unido e na África do Sul representam um "alto risco" para a Europa em razão de sua maior transmissibilidade em relação às demais linhagens do patógeno.
"Nós estamos observando as situações epidemiológicas se deteriorando em áreas onde as variantes do Sars-CoV-2 se tornaram presentes", afirmou Andrea Ammon, diretor do ECDC, em um comunicado divulgado na ocasião. "Um número crescente de infecções levarão a um aumento de hospitalizações e taxas de óbitos ao longo de todas as faixas etárias."
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Na avaliação do centro, os países-membros da UE "devem se preparar para uma futura escalada na demanda nos sistemas de saúde".
Fonte: O Globo