Cientista acredita que civilizações extraterrestres podem ter implantado escutas em objetos espaciais perto da Terra para monitorar a vida no planeta.
Nossa espécie evoluiu muito desde a idade da pedra, mas convenhamos, a humanidade ainda engatinha em sua jornada para virar uma civilização com tecnologia de fato avançada. Mal pisamos na Lua e nem mesmo o Sistema Solar pode ser considerado território familiar. Ainda assim, já sabemos como detectar vida em exoplanetas. E mais: temos um plano viável para enviar sondas a outras estrelas.
Agora imagine que, daqui a alguns séculos, os astrônomos descubram um mundo bem na vizinhança galáctica, a alguns punhados de anos-luz do Sol, com sinais claros da existência de seres vivos em um caminho evolutivo que parece apontar para um resultado parecido com o nosso. Não iríamos querer acompanhar de perto como as coisas se desenrolam?
Pois é: um pesquisador dos Estados Unidos acaba de propor exatamente esse argumento – só que às avessas: seriam os alienígenas que teriam vindo até aqui para espionar a nossa evolução.
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Em artigo publicado em setembro no periódico The Astronomical Journal, o físico James Benford desenvolveu os alicerces da ideia improvável – mas não impossível – de que ETs possam ter instalado “escutas” na superfície de algum asteroide ou cometa cuja órbita o mantenha sempre por perto da Terra.
Explicando melhor: de 1997 até hoje, nós descobrimos 15 objetos que se enquadram na categoria de quasi-satélites (assim mesmo, com a letra “i”) – a maioria após 2010. Eles não são satélites de fato, como a Lua, pois estão girando em volta do Sol, e não da Terra.
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Mas suas órbitas estão praticamente sincronizadas com a nossa, de maneira que planetas e quasi-satélites são como carros de Nascar tirando fina um do outro volta após volta em um imenso circuito oval.
O mais famoso co-orbital (outro nome para quasi-satélite), que foi batizado com o código 2016 HO3, fica a uma distância de mais ou menos 38 vezes a da Lua, e deve permanecer cortejando nosso planeta durante séculos. Seria o local ideal para ETs espiões instalarem um “grampo” para ficar de olho em nosso mundinho azul.
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