Aline Riscado, Lexa, Evelyn Bastos... Veja musas do carnaval do Rio em ensaios exclusivos

As rainhas de bateria e destaques foram convidadas para uma série de ensaios exclusivos. Veja, a seguir, os melhores cliques já publicados — e o que cada musa tem a dizer.

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Aline Riscado, Vila Isabel

“Dizer que eu entrei na Vila Isabel porque foi pago é uma grande de uma mentira. E isso ainda me diminui como artista, já que é como se eu não tivesse capacidade para estar ali”

“Rola uma dificuldade em ser aceita por completo, mas já melhorou muito. Já foi muito pior a reação das pessoas na quadra”

“É muito mais fácil acreditar em mentiras que são publicadas e isso virar o assunto do dia. Existe um prazer nas pessoas de falar da vida das outras”

Jack Maia, Estácio

“Não sou uma famosa como Viviane Araújo e Sabrina Sato. Mas aqui dentro da Estácio as pessoas me respeitam e me amam”

“Se preciso for, estou disposta até a colar e costurar fantasia. Na quadra eu faço de um tudo: atendo telefone, organizo evento, controlo a bilheteria e a venda de cerveja”

“O carnaval não é só feito de rainha de bateria e mulher de bunda de fora rebolando”

Bianca Monteiro, Portela

“Não é só chegar e sambar. Se a pessoa tem um sonho de ser rainha de bateria, ela, no mínimo, tem que respeitar a história da escola e se fazer presente. E, se ela tem condições de ajudar a escola, que assim seja”

“Não tem essa de que só passista que tem que saber sambar. Você está na frente do coração da escola e tem a obrigação de sambar. Faça uma aula de samba e aprenda. Quem não sabe sambar vem em cima de um carro alegórico”

Renata Santos, Salgueiro

“Algumas pessoas que conviveram na Mangueira não entenderam muito bem a minha decisão de voltar e em outra escola. Mas o carnaval tem dessas coisas. Queria parar, mas foi bom para eu seguir”

“No desfile de 2019, passou um filme na minha cabeça e aquela sensação de que eu nunca mais pisaria ali. Tive uma história muito linda com a Mangueira e vai estar para sempre no meu coração. Tenho certeza que todo mundo lá torce por mim”

“A idade passa, e a gente precisa alongar tudo para não ficar sentindo dor”

Evelyn Bastos, Mangueira

“As pessoas de fora do carnaval passaram a me conhecer como uma ativista. A maioria das pessoas não sabia o que eu pensava. Mas toda pessoa que nasce e cresce em uma favela carrega resistência no sobrenome”

“Todas as pessoas deveriam reavaliar o olhar da mulher de carnaval ser tratada como um objeto. A gente é muito mais do que uma mulher que não sai da academia, não derrapa na dieta e não falha com a estética. Cada uma tem a sua história, tem a sua ligação com a comunidade”

“O samba é encanto, magia, um ritmo espiritual”

Camila Silva, Rainha do Carnaval e ex-Tuiuti

“É uma grande responsabilidade representar a maior festa do mundo. Tenho que estar preparada para o que puder acontecer, porque eu sou a cara e a porta-voz dessa festa tão grande”

“Acho que já posso me aposentar. O cargo de rainha do carnaval do Rio era o que faltava no meu currículo. Já conquistei tudo que eu queria”

“Meu coração vai ser pra sempre Tuituti. Foi uma escola que me acolheu em um momento de incerteza”

Raissa Machado, Viradouro

“Por mim, eu ficaria para o resto da minha vida. Me vejo bem velhinha desfilando com a minha escola”

“Vejo o carnaval hoje vivendo um tempo de empoderamento da mulher na luta contra o machismo. E isso é uma coisa histórica para o carnaval”

“O corpo perfeito é aquele que você tem. Não tem muitas definições, você pode ser alta, ou baixa, magra, gorda... o importante mesmo é você se amar da forma que você é”

Giovana Angélica, Mocidade

“Tive uma infância muito difícil, comecei a trabalhar cedo para me sustentar, fui mãe cedo. A verdade é que eu nunca sonhei em ser rainha de bateria”

“Não roubei posto de ninguém e isso todos sabem também. Em nenhum momento me ofereci para estar ali”

“A Mocidade é uma escola luxuosa, é a escola que revolucionou em vários sentidos, principalmente na bateria com paradinhas e rainhas. Então, estarei sexy sem estar vulgar”

Lexa, Unidos da Tijuca

“Por mais que eu seja artista, sou uma mulher que se formou dentro do samba. E se tem gente falando mal de mim dentro do mundo do samba eu nem percebi. Eu sou a funkeira mais sambista que existe”

“Todas as rainhas do Grupo Especial me abraçaram, foi uma coisa unânime. Da Raíssa da Beija-Flor a Aline Riscado, que também está chegando na Vila Isabel. Fui fazendo a minha história dentro do carnaval e também fazendo amizades. Conquistei o meu espaço e não caiu do céu”

“Se o meu presidente me deixar, eu moro lá. Mas dependo dele e da comunidade, além do meu esforço. Se falarem para ficar, eu fico”

"Cheguei agora no chão do carnaval, na verdade. É isso que a Mangueira representa. Encontrei uma verdade na minha vida, sem briga nenhuma de ego"

"Minha missão é mudar e mostrar que tenho amor por uma escola. As escolas precisam de alguém que apoie financeiramente. Afinal, o carnaval é feito de dinheiro. Sem hipocrisia"

"Não quero mais ser discriminada, porque as rainhas se sentem ameaçadas por mim. Então, prefiro ficar na minha. Mas, se pintar convite, eu vou"

Alice Alves, Portela

"Comecei a lutar com 12 anos e com 15 desfilei pela primeira vez pela Portela. Mais tarde descobri a veterinária e me completou. Largaria tudo pelo meu trabalho com os animais"

"As pessoas não acreditam nem colocam fé de que eu sou realmente uma carateca. Principalmente pela minha aparência. E eu acho divertido quando alguém fica sabendo e meio que se assusta. Mas, quando coloco o quimono, muda tudo"

Fotos: Reprodução

"Sempre tive a preocupação com o meu corpo, mas nem sempre eu fui feliz. Passei a entender que tenho que ter o corpo perfeito o ano inteiro e não só durante o carnaval"

G1