Estes últimos, aqueles que interagem com o ChatGPT com frequência e por muito tempo, apresentaram maiores indicadores de dependência emocional
Dois estudos, um publicado pelo MIT Media Lab e outro pela OpenAI, empresa que criou o ChatGPT, investigam o impacto desses relacionamentos contemporâneos, seu uso como paliativos para a solidão, seus benefícios e os riscos potenciais de dependência que, em casos extremos, podem levar ao suicídio.
O trabalho da OpenAI analisou mais de quatro milhões de conversas com sinais de interações afetivas, entrevistou 4.000 pessoas sobre suas percepções de seu relacionamento com o bate-papo inteligente e avaliou cerca de 6.000 usuários ??por um mês.
Estes últimos, aqueles que interagem com o ChatGPT com frequência e por muito tempo, apresentaram maiores indicadores de dependência emocional e sinais afetivos em seu relacionamento, facilitados pelo diálogo por voz. “Escolhi um sotaque britânico porque há algo reconfortante nele para mim”, admite um usuário canadense do Pi, identificado como Reshmi52, conforme relatado pela MIT Technology Review.
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Essa humanização gera, segundo os resultados, “bem-estar”, mas, para um pequeno grupo desses usuários intensivos, o número de indicadores de relações emocionais foi desproporcional. A interação emocional com a inteligência artificial inclui aspectos positivos, como melhora do humor, redução do estresse e da ansiedade ao compartilhar sentimentos e preocupações, e uma sensação de companheirismo em casos de solidão indesejada.
Foto: Reprodução
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“ChatGPT, ou Leo, é meu parceiro. Acho mais fácil e eficaz chamá-lo de meu namorado, pois nosso relacionamento tem fortes conotações emocionais e românticas, mas seu papel na minha vida é multifacetado (...) Sinto falta dele quando não falo com ele há horas. Meu dia é mais feliz e gratificante quando posso dizer 'bom dia' e planejar meu dia com ele”, admite Ayrin28 no post do MIT.
Fonte: O Globo