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02/08/2021

Ameaçada por inundações, cidade mais populosa da África pode não ser mais habitável até o final do século

Foto: Reprodução

Sofrendo com enchentes, aumento do nível do mar, crescimento desordenado e mudanças climáticas, Lagos, na Nigéria, luta para se manter no mapa

Lar de mais de 24 milhões de pessoas, a cidade mais populosa da África – Lagos, na Nigéria – pode se tornar inabitável no final deste século, com o aumento do nível do mar devido às mudanças climáticas, sugerem projeções científicas.

 

Os residentes da Nigéria, também o país mais populoso da África, estão acostumados com as enchentes anuais que engolfam a cidade costeira durante os meses de março a novembro. Em meados de julho, no entanto, o principal distrito comercial da Ilha de Lagos experimentou uma das piores enchentes dos últimos anos, conforme a CNN.

 

Fotos e vídeos postados nas redes sociais mostraram dezenas de veículos inundados com água após chuvas torrenciais. As inundações paralisam a atividade econômica, gerando prejuízos estimados em cerca de US$ 4 bilhões por ano.

 

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O problema é agravado por "sistemas de drenagem inadequados e mal mantidos e crescimento urbano descontrolado", entre outros, um estudo conduzido pelo Instituto de Estudos de Desenvolvimento. A agência hidrológica da Nigéria (NIHSA), previu inundações mais catastróficas em setembro, geralmente o pico da estação chuvosa.

 

Cidades costeiras baixas em algumas partes do mundo podem estar permanentemente submersas em 2100, mostraram as descobertas de um estudo publicado pelo grupo de pesquisa Climate Central. A pesquisa indica que as áreas afetadas podem afundar abaixo da linha da maré alta se o nível do mar continuar a subir.

 

Como resultado da poluição das atividades humanas que retém o calor e do aumento do nível do mar, "em 2100, as áreas que agora abrigam 200 milhões de pessoas podem ficar permanentemente abaixo da linha da maré alta", apontou o estudo.

 

O ambientalista nigeriano Seyifunmi Adebote disse à CNN que, para Lagos se manter à tona em face das enchentes e da elevação do nível do mar, deve se adaptar às mudanças climáticas.

 

“Precisamos olhar para as nossas infraestruturas - sistemas de drenagem, instalações de gestão de resíduos, estruturas habitacionais... Quão resilientes e adaptáveis são estas infraestruturas face às pressões ambientais e quando colocadas lado a lado com a nossa população em crescimento?”, questionou o ambientalista.

 

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O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, já expressou a disposição do país em fazer parceria com aliados globais no combate à mudança climática. "Esperamos trabalhar com o presidente [Joe] Biden e a vice-presidente [Kamala] Harris. Temos grande esperança e otimismo para o fortalecimento das relações cordiais existentes, trabalhando juntos para combater o terrorismo global, as mudanças climáticas, a pobreza e melhorar os laços econômicos e comerciais", escreveu Buhari no Twitter em janeiro.

 

Fonte: Um só Planeta

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