Como essa prática está mudando a dinâmica entre as pessoas?
Lázaro Ramos, Viih Tube, Júnior Lima, Mônica Martelli, são alguns dos famosos que agitaram a mídia (e a nossa imaginação) falando como uma prática inusitada, tem ajudado a manter o interesse sexual e a libido, lá nas alturas.
E vamos combinar, algo precisa ser feito mesmo, para que os casais atuais não se percam no emaranhado de problemas que o dia a dia nos traz, é nossa tendência, deixar para depois e a cada dia, relegar para segundo, terceiro, centésimo plano, a troca amorosa tão necessária para manter o casal unido, em uma era em que a instantaneidade e a praticidade se tornaram palavras de ordem.
Aplicativos de entrega, consultas online, reuniões por videoconferência — tudo é planejado, controlado e encaixado em agendas apertadas e não é que a agenda, essa grande inimiga do amor se tornou a grande aliada? Isso porque naturalmente, esse comportamento também começou a moldar a forma como as pessoas vivenciam seus relacionamentos amorosos. Cada vez mais, vemos o amor sendo agendado, quase como uma tarefa a cumprir, e menos como uma experiência espontânea e não veja nas minhas palavras, uma crítica, não... Se adaptar é preciso, porque não? Os fins neste caso, justificam os meios.
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Mas o que significa agendar um relacionamento? Como essa prática está mudando a dinâmica entre as pessoas? E, principalmente, estamos ganhando ou perdendo algo nessa nova forma de amar?
A tecnologia tem um papel central nesse fenômeno. Plataformas de encontros, como Tinder, Bumble e Hinge, são exemplos claros de como o amor se transformou em algo que pode ser iniciado a qualquer momento — desde que haja tempo na agenda para tal. Você combina com alguém, troca algumas mensagens e logo a conversa evolui para: "Que tal marcar algo para semana que vem?"
Além disso, a vida moderna trouxe rotinas extremamente ocupadas. Trabalhar, estudar, cuidar da saúde, se dedicar a hobbies, manter uma presença ativa nas redes sociais... Tudo isso toma tempo. Assim, muitos começaram a tratar o namoro ou a busca por um parceiro como mais um item da lista de afazeres.
Fotos: Reprodução
A espontaneidade de "conheci alguém incrível por acaso" cede lugar para o "vou reservar duas horas na sexta para um date".Agendar encontros pode até ser uma solução prática, mas também traz uma mudança sutil (e profunda) na expectativa sobre o relacionamento.
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Se antes um encontro romântico era um evento especial que surgia do desejo de estar junto, agora muitas vezes ele é mais parecido com uma reunião: começa e termina em horários determinados e sim, isso pode acontecer, mas o oposto também... Ao saber que ambos estarão disponíveis para o amor na próxima sexta feira as 22:21 minutos, o desejo começa a aflorar e na hora, justo na horinha, o tesão poderá estar lá nas alturas, porque esse tempo acabou sendo entendido pelo cérebro como uma boa (e longa) preliminar.
Fonte: Revista Veja