Time de Óscar Tabárez tem dificuldades contra o Japão, fica duas vezes atrás do placar, mas em lances de bola parada evita se complicar na Copa América do Brasil
O Uruguai teve uma mudança para o jogo contra o Japão, nesta quinta-feira, em Porto Alegre. Por lesão muscular, Vecino foi cortado, Torreira escalado. Jogador com característica de combate, recuperação de bola.
O que aconteceu foi que a Celeste não teve criatividade no meio de campo, deu espaços, ficou com linhas distantes. Pelo lado esquerdo da defesa, uma avenida. O empate em 2 a 2 foi o retrato do que criou e o que sofreu a Celeste na partida.
Laxalt não fez um bom jogo, tanto na defesa quanto no ataque. Ficou enrolado na marcação, principalmente nas subidas de Abe e Miyoshi. Em um contra-ataque japonês, deu espaços, não conseguiu chegar em Miyoshi, que abriu o placar. Para piorar, sentiu uma lesão e deixou o jogo.
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Tabárez havia alertado para a velocidade do Japão. Tinha razão. Mas também sua equipe não soube superar uma linha alta de marcação japonesa com três, às vezes quatro homens. Bentancur tem qualidades, mas sair jogando e fazer a bola chegar aos meias e atacantes não é sua melhor função.
Foto: Divulgação/Uruguai
Se contra o Equador Lodeiro e Nandez funcionaram bem jogando abertos pelas pontas, contra o Japão tiveram pouca eficiência. Nandez teve até mais avanços, tabelando com Suárez e outras vezes com Cáceres, que depois foi ocupar a lateral esquerda e deixou seu setor para González, mais tímido no apoio.
Vale ressaltar o bom jogo coletivo do Japão, equipe formada em sua maioria por jovens. Suárez e Cavani, mais uma vez, foram os que mais buscaram jogo e deram trabalho aos rivais. Giménez, que fez o gol de empate, também foi o mais lúcido da defesa. Defesa que bateu cabeça, foi envolvida pelos atacantes japoneses e viu Muslera sair mal e falhar no segundo gol sofrido pela celeste.
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Um empate, com um gol de pênalti de Suárez e outro de cabeça de Giménez, após cobrança de escanteio, que não chega a ser um resultado ruim para o Uruguai, diante das circunstâncias do jogo. Mas um alerta de que é preciso criar mais opções táticas para os diferentes adversários que a equipe terá pelo caminho.
Globo Esporte