17 de Maio de 2024 - Ano 10
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Política
22/02/2024

Anderson Torres quer falar à Polícia Federal; Bolsonaro, não

Foto: Reprodução

Oitivas dos dois sobre a tentativa de golpe de Estado estão marcadas para amanhã. Expectativa é que ex-ministro colabore com a PF, ao contrário do ex-presidente, que ficará em silêncio

Investigadores da Polícia Federal avaliam que o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, deve fornecer elementos importantes para o curso das diligências sobre a tentativa de golpe de Estado que culminou nos atentados de 8 de janeiro do ano passado, em Brasília.

 

Torres tem dito a pessoas próximas que vai colaborar com as autoridades e responder a todas as perguntas que forem feitas a ele, na quinta-feira 22/2, na oitiva simultânea dos acusados de envolvimento com o caso. Além do ex-ministro, também vai depor, no mesmo horário, o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares acusados de participação na trama golpista.

 

De acordo com informações obtidas pelo Correio, Anderson Torres pretende fornecer novas informações sobre o envolvimento de Bolsonaro no caso, tendo em vista que a delação do tenente-coronel Mauro Cid — ex-ajudante de ordens do ex-presidente — forneceu, por meio de delação, evidências e detalhes de reuniões que ocorreram para manter Bolsonaro no poder. Além disso, Mauro Cid apresentou documentos e relatou encontros que ocorreram para tentar colocar em prática a anulação do resultado das eleições de 2022.

 

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Além disso, Torres — na época dos atentados ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal — também teria detalhes sobre a atuação da cúpula da Polícia Militar da capital, inclusive de oficiais que ainda estão em liberdade, em relação ao 8 de janeiro. Uma das possibilidades que preocupam os investigadores é que militares da corporação policial tentem interferir no andamento das investigações no sentido de coagir outros acusados para que não revelem tudo o que sabem. A PF optou por realizar as oitivas simultaneamente, a fim de evitar que os suspeitos combinem os depoimentos.

 

Foto: Reprodução

 

Nas últimas semanas, cresceram os rumores de que integrantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) poderiam firmar acordo de delação. Com isso, Anderson Torres é pressionado a informar o que sabe sobre a participação de Bolsonaro e outros a fim de que não seja responsabilizado por falhas e omissões relativas aos atos de 8 de janeiro. As diligências estão na fase final e, à medida que as investigações avançam, fecham as possibilidades de que a PF e o Ministério Público concordem com pedidos de delação dos envolvidos. Com o surgimento de mais provas, as delações se tornam dispensáveis, evitando, assim, o abatimento de pena dos envolvidos.

 

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou, na terça-feira, 20/2, que não vai responder aos questionamentos da PF no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. A defesa informou ao delegado federal Fábio Alvarez Shor, que conduz a investigação, que o ex-presidente ficará em silêncio. Por isso, os advogados pediram que ele fosse dispensado de comparecer à PF."Uma vez que o peticionário fará uso do direito ao silêncio nos termos da presente manifestação, requer seja dispensado do comparecimento pessoal, conforme já discutido previamente com Vossa Excelência em outras oitivas, notadamente, em virtude de preocupações relacionadas à logística e à segurança", diz a manifestação. 

 

Fonte: O Poder360

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