Medicamentos Propofol e Ketamina utilizados pelo anestesista para sedar pacientes são exceção em partos sem intercorrências
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante após estuprar uma paciente durante o parto, utilizou dois medicamentos que são raramente usados para anestesiar gestantes em cirurgias cesarianas.
De acordo com o relato de testemunhas à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Giovanni Bezerra administrou o Propofol e a Ketamina, ambos sedativos, nos três procedimentos que realizou no domingo (10/7).
Os efeitos dos medicamentos chamaram a atenção dos profissionais de saúde onde o anestesista trabalhava, pois as parturientes ficavam praticamente desacordadas durante o parto.
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“A intenção é de que a mãe sempre fique acordada durante o parto, mesmo na cesariana. Os sedativos são administrados quando a anestesia peridural, usada nesse tipo de parto, começa a passar, ou quando a mulher tem crise de ansiedade depois que o bebê nasce. Apesar de as medicações utilizadas pelo anestesista serem seguras, a utilização delas não é comum”, explicou o médico Renato Sá, vice-presidente da Associação de Ginecologista e Obstetrícia do Estado do Rio.
O Propofol é um anestésico intravenoso, utilizado para deixar o paciente inconsciente ou sedado durante operações cirúrgicas ou outros procedimentos. De acordo com a bula, o Propofol é um agente de curta ação, e começa a agir cerca de 30 segundos após a aplicação. De acordo com Renato Sá, a superdosagem desse medicamento pode acarretar diminuição da frequência cardiorrespiratória, levando até mesmo à intubação da paciente.
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A Ketamina tem indicação semelhante. Segundo a bula do medicamento, o efeito anestésico é de curta duração, de 5 a 10 minutos. Quanto maior for à dose administrada, maior será o tempo de recuperação completa do paciente.
Fonte: Metrópoles