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19/07/2021

Após alta, Bolsonaro defende estudo sobre remédio sem eficácia comprovada contra a Covid-19

Foto: Divulgação

Sem máscara, Bolsonaro conversa com jornalistas na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde esteve internado para tratar uma obstrução intestinal

 Após receber alta na manhã deste domingo do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento da Covid-19. Ele disse que vai cobrar do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um estudo sobre a proxalutamida, que segundo ele já estaria sendo utilizada contra a doença em outros países.

 

Em abril, Bolsonaro já tinha citado a proxalutamida, normalmente indicada para tratamento de câncer de próstata e de mama. Estudos científicos já mostraram a ineficácia de outras drogas já defendidas pelo presidente para "tratamento precoce" da Covid, como a cloroquina.

 

— (A proxalutamida) É uma droga que está sendo estudada e que em alguns países têm apresentado melhora. Existe no Brasil de forma não ainda comprovada cientificamente, de forma não legal, mas tem curado gente. Vou ver se a gente faz um estudo disso daí para a gente apresentar uma possível alternativa. Temos que tentar. Tem que buscar alternativas e, com todo respeito, eu não errei nenhuma. Até quando, lá atrás, eu zerei os impostos da vitamina D — afirmou o presidente.


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Bolsonaro afirmou que se surpreende com o fato de que, no Brasil, "quem fala em cura da doença é criminoso".

 

— Não é chute. É estudo. Não consigo entender por que criminalizar qualquer possibilidade de se descobrir uma alternativa ou remédio — disse.

 

Críticas à CPI

 

Na saída do hospital, o presidente voltou a fazer criticas à CPI da Covid e disse que "só Deus" o tira da cadeira da presidência.

 

— Se aparecer corrupção no meu governo, vou ser o primeiro a buscar uma maneira de apurar isso daí e deixar na mão de Justiça para que seja apurado — disse ele, afirmando que o país está há dois anos e meio sem corrupção.

 

O presidente embarcou no aeroporto de Congonhas de volta a Brasília e disse que vai despachar do Palácio do Planalto nesta segunda-feira.

 

Ineficácia da cloroquina

 

Defendida por Bolsonaro desde o início da pandemia como parte de um "tratamento precoce" para a Covid-19, a cloroquina já teve sua ineficácia comprovada contra a doença em uma série de ensaios clínicos. Sociedades médicas e centros de referência já emitiram também recomendações contrárias ao uso da droga.

 

Técnicos do próprio Ministério da Saúde já afirmaram não ser possível comprovar os benefícios do uso da cloroquina e derivados para prevenir ou mesmo tratar pacientes de Covid logo no início do quadro clínico.

 

Em pesquisas já realizadas com o medicamento, ele não apresentou qualquer diferença ou trouxe qualquer benefício em relação ao tratamento comum, com oxigênio e antivirais. Ao contrário: além de ineficiente na melhoria do estado de saúde de pacientes, pode provocar efeitos cardíacos e hepáticos adversos. A medicação normalmente é usada contra artrite reumatoide e malária.

 

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Em janeiro deste ano, a Sociedade Brasileira de Infectologia publicou nota desaconselhando o uso desse e outros remédios para a Covid. "A SBI não recomenda tratamento farmacológico precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício", afirmou a entidade.

 

Fonte: Extra

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