Em formação, uma Frente Democrática
No primeiro turno, o voto é a favor de quem você deseja ver eleito. No segundo, e em boa parte, o voto é contra – contra quem você, por qualquer razão, não quer ver eleito. É a eleição dos rejeitados, onde a rejeição aos candidatos pesa muito.
Pablo Marçal (PRTB), hoje, irá às urnas na condição de o candidato mais rejeitado, segundo as pesquisas de intenção de voto. Guilherme Boulos (PSOL) irá como o segundo mais rejeitado. A rejeição a Ricardo Nunes (MDB) é a mais baixa dos três.
Com a trapaça que fez ao falsificar documentos, um dos objetivos de Marçal era aumentar a rejeição a Boulos para poder enfrentá-lo no segundo turno em melhores condições. Qual será o efeito da trapaça? Só saberemos nas próximas horas ou dias.
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Boulos não confessa, mas torce mesmo assim para que Marçal não morra na praia – que morra Nunes. Para se eleger, Boulos conta com a formação do que chama de Frente Democrática, onde haverá lugar para todos os que queiram derrotar Marçal.
No governo Lula, há três ministros do MDB que se dispõem a pedir votos para Boulos – Simone Tebet (Planejamento), Jader Filho (Cidadania) e Renan Filho (Transportes). Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, é o quarto.
João Campos (PSB), que hoje se reelegerá prefeito do Recife, deverá desembarcar em São Paulo para ajudar Boulos contra Marçal. Campos namora Tabata Amaral (PSB). Não por isso, Tabata deverá apoiar Boulos se ele passar para o segundo turno.
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Lula prometeu a Boulos que no segundo turno baixará em São Paulo para comandar passeatas e discursar em comícios, se ele assim o desejar. É o que Boulos mais deseja.
Fonte: Metrópoles