Para João Batista, não restam dúvidas de que a motivação do crime foi por questões raciais
O pai de João Alberto Silveira Freitas, à Folha, descreveu os sentimentos de tristeza e revolta que guarda em seu coração após a brutalidade cometida contra o filho. O rapaz, de 40 anos e pele negra, foi espancado até a morte seguranças de uma unidade do Carrefour na cidade de Porto Alegre (Rio Grande do Sul).
Após a fatídica noite de 19 de novembro de 2020, a quinta-feira que marcou o assassinato de seu filho, João Batista Rodrigues Freitas, 65, afirma que perdeu a pessoa que mais amava em um episódio de racismo. “Estou me sentindo abatido. Perdi a pessoa que mais amava. Amava minha mulher, que perdi há seis anos. Agora perdi meu filho”, desabafa.
Para João Batista, não restam dúvidas de que a motivação do crime foi por questões raciais. Para ele, a força desproporcional utilizada pelos seguranças durante as agressões mostram um sentimento de completo desprezo pela vida de seu filho.
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“Primeira coisa que perguntei foi: ‘Ele estava roubando?’ Se não estava, por que ser agredido?”, questiona. O pai da vítima chegou a recusar chamar os funcionários da empresa de vigilância terceirizada de “seguranças”, uma vez que a conduta por eles praticada desrespeita toda a classe de trabalhadores que cumprem com exímio os seus papéis.
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Para a referida reportagem, amigos e pessoas próximas afirmam que existia um clima pesado nos bastidores desta unidade do Carrefour. Em geral, Freitas era olhado “de cara feia”, e os demais companheiros de seu círculo social, negros, sempre eram acompanhados de perto enquanto faziam suas compras, em denúncia de racismo.
Fonte: 1News