19 de Maio de 2024 - Ano 10
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16/05/2023

Arcabouço: relator diz que Bolsa Família não terá aumento acima da inflação se meta fiscal for descumprida pelo governo

Foto: Reprodução

Cláudio Cajado colocou Bolsa Família no limite geral de gastos. Com isso, benefício terá restrições maiores para ter o chamado ganho real. Salário mínimo ficou de fora da regra.

O relatório do arcabouço fiscal, do deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), determina que, no caso de descumprimento das metas fiscais previstas no projeto pelo governo, o Bolsa Família não poderá ter aumento real, ou seja, acima da inflação.

 

Isso ocorre porque, no caso de descumprimento das metas, a nova regra diz que não poderá ser adotada "medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação".

 

Esse é um dos gatilhos previstos pela nova regra fiscal para reequilibrar as contas públicas, cujo texto foi fechado nesta segunda-feira (15) pelo relator Cláudio Cajado, após uma série de reuniões com parlamentares e integrantes da equipe econômica.

 

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"O presidente [da República] pode solicitar através de mensagem ao Congresso Nacional o valor para poder acrescer o Bolsa Família, com compensação. Ele está também nesta possibilidade. Não está na condição de exclusão", declarou Cajado nesta terça-feira (16).


Para que possa ser concedido um aumento real ao Bolsa Família, no caso de descumprimento da meta fiscal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional, e conseguir aprovar o texto.

 

Isso não acontecerá, entretanto, com o salário mínimo, que foi excluído das punições (gatilhos a serem acionados) no caso de descumprimento das metas.

 

"O que nós excluímos da vedação foi o salário mínimo, que poderá, mesmo no caso de não atingimento da meta, receber o aumento da inflação mais aumento real", afirmou Cajado.

 

Petistas e aliados do presidente Lula queriam que tanto os reajustes do salário mínimo quanto os do Bolsa Família ficassem de fora da regra que limita despesas.

 

LIMITE PARA GASTOS


O Bolsa Família, segundo o relator Cláudio Cajado, estará sujeito aos limites gerais de gastos para que possa crescer acima da inflação.

 

Por exemplo: se o limite de despesas de um ano for de 2% acima da inflação, e o governo desejar dar uma alta real de 3% ao Bolsa Família, terá de cortar as demais despesas, ou seja, fazer uma compensação.


Nesta segunda-feira, Cajado havia indicado que o Bolsa Família poderia ser excluído do limite para gastos e, dessa forma, ter um reajuste maior de forma imediata – sem os limites para as demais despesas.

 

"Eu não disse que ia ser excepcionalizado, que estava preservado. Excepcionalizado foi na vedação da sanção do não cumprimento da meta, o salário mínimo", afirmou nesta terça, ao ser questionado por jornalistas.

 

GATILHOS PARA DESCUMPRIMENTO DAS METAS 


No primeiro ano de descumprimento, aplicam-se as seguintes vedações:

 

Criação de cargos, empregos ou função que implique aumento de despesa;
Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
Criação ou majoração de auxílios, vantagens e benefícios de qualquer natureza;
Criação de despesa obrigatória;
Medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação
Criação ou expansão de programas e linhas de financiamento; remissão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação de subsídios e subvenções;
Concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária

 

BOLSA FAMÍLIA 


Em março, o governo federal iniciou os pagamentos do novo Bolsa Família com valor médio de R$ 670. O programa foi reformulado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o programa havia sido rebatizado de Auxílio Brasil.

 

O governo estimou, naquele momento, que 694.245 mil famílias que preenchiam os requisitos, mas não estavam na lista de beneficiários, passem a receber os valores. Também havia 1,5 milhão de famílias da lista de beneficiários que serão excluídas por não se enquadrarem no critério de renda.

 

O programa prevê ainda o pagamento de um adicional de R$ 150 por criança de 0 a 6 anos. Segundo o governo, 8,9 milhões de crianças nessa faixa etária receberão o dinheiro já neste mês, o que representa um investimento de R$ 1,33 bilhão para o grupo.

 

O programa social atende famílias com renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza. A nova legislação permite acesso ao Bolsa Família a famílias com renda de até R$ 218 por pessoa. Com o novo Bolsa Família, o governo pretende proporcionar pelo menos R$ 142 por pessoa em cada casa.

 

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O impacto do novo programa em 2023 será de menos de R$ 175 bilhões no Orçamento da União.

 

Fonte: G1

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