Segundo os pesquisadores, cerca de 48 indivíduos, entre eles cinco crianças, foram encontrados em cinco pequenos cemitérios
Arqueólogos descobriram um esqueleto de um homem, entre 25 e 35 anos, com um prego no calcanhar e acreditam ser o primeiro exemplo de crucificação no norte da Europa. A revista British Archaeology revelou que essa pessoa foi crucificada há 1.900. A descoberta foi feita em Fenstanton, Cambridgeshire, leste da Inglaterra, durante a escavação de um assentamento à beira da estrada em 2017, que se encontra na Via Devana, uma estrada que liga as cidades romanas de Cambridge e Godmanchester.
Segundo os pesquisadores, cerca de 48 indivíduos, entre eles cinco crianças, foram encontrados em cinco pequenos cemitérios e alguns locais isolados. Cerca de doze pregos foram achados ao redor do esqueleto, chamado de 4926 pelos pesquisadores: um junto à cabeça, outro próximo aos pés, cinco formando uma linha na parte superior da tumba, quatro fazendo uma curva no lado inferior, mais o que atravessava seu tornozelo. A parte inferior das pernas do homem apresentava sinais de afinamento, possivelmente causado por infecção, inflamação ou irritação por ser amarrado ou acorrentado.
“Parece implausível que o prego possa ter sido acidentalmente cravado no osso durante a construção do suporte de madeira no qual o corpo foi colocado — na verdade, há até sinais de um segundo orifício raso que sugere uma primeira tentativa malsucedida de perfurar o osso”, explicaram os arqueólogos em um comunicado à imprensa.
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"Embora isso não possa ser tomado como prova incontestável de que o homem foi crucificado, parece a única explicação plausível — tornando-se no máximo o quarto exemplo já registrado em todo o mundo por meio de evidências arqueológicas”, disseram eles.
Houve apenas um outro exemplo de um prego atravessando um osso, disseram os especialistas da Albion Archaeology. Isso foi em Givat HaMivtar, no norte de Jerusalém, durante o trabalho de construção em 1968.
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Os resultados completos da escavação, liderado por David Ingham, da Albion Archeology, devem ser publicados formalmente apenas no próximo ano. Os primeiros detalhes foram divulgados no site oficial da Universidade de Cambridge e na revista British Archeology.
Fonte: Extra