02 de Junho de 2024 - Ano 10
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Meio Ambiente
13/05/2024

Assombrado pelo fogo, futuro do Pantanal exige mobilização global

Foto: Reprodução

Proteção maior viria com o bioma incluído em acordo europeu sobre compras livres de desmate, até agora focado em florestas

A seca e o calorão seguem potentes no Pantanal e ameaçam novos e grandes estragos este ano. Governos e sociedade civil já estão mobilizados, enquanto a proteção do bioma pode ser vitaminada com sua inclusão célere num acordo europeu que prevê importações livres de desflorestamento.

 

A área torrada pelo fogo disparou desde 2019, arrasando com vida selvagem, produção rural e turismo pantaneiros. Este ano, o ritmo de queimadas ruma para o de 2020, quando do bioma virou cinzas, ao menos 17 milhões de animais morreram calcinados e outros 72 milhões foram impactados. Cicatrizes ainda abertas.

 

A situação é agravada pela minguada cheia desde outubro passado, uma severa quebra nos ciclos anuais de enchentes e vazantes do Pantanal. As barragens de pequenas e grandes hidrelétricas no Cerrado também mudaram o fluxo de água ao bioma. Isso tudo aumenta a secura e a temperatura média regionais, tornando cada foco de calor um risco de tragédia.

  

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“Temos sinais climáticos piores que os de anos anteriores”, reconheceu João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima. “Desmate e mortes de animais caíram, mas prosseguem”, alertou esta semana em evento na Delegação da União Europeia, em Brasília (DF), organizado pelas ongs EJF, sigla em Inglês da Fundação para a Justiça Ambiental, e SOS Pantanal.

 

Números divulgados pela pasta federal apontam que a eliminação de vegetação nativa caiu 9%, de agosto passado a abril deste ano. No mesmo prazo, o sistema que mostra tendências de desmate, o Deter, alerta para 1.020 km2 suprimidos e quase 13 mil km2 degradados no Pantanal. A área somada é 10 vezes maior que a da cidade de São Paulo (SP).

 

 Foto: Reprodução

 

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O resultado é uma pior situação climática geral do bioma, cujos 84% de ambientes naturais o posicionam como o mais preservado do país. “Isso passa uma falsa impressão, pois metade desses 84% estão bem degradados, causando fortes impactos à biodiversidade”, emenda Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama.

 

Fonte: O Eco

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