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29/10/2021

‘Vômito’ milionário de baleia: entenda o que é e de onde sai substância

Foto: Reprodução

Âmbar cinza, âmbar gris ou “vômito” de baleia? Talvez esses nomes sejam novidade para você, mas na Tailândia a substância produzida pela baleia cachalote já deixou três milionários e Santa Catarina tem pelo menos dois candidatos a milionários por conta da preciosidade.

 

Depois de algumas reportagens do ND+ sobre o valor do “vômito”, catarinenses procuram analisar se encontraram o material valioso. Uma delas em Itajaí, no Litoral Norte do Estado e outra em Imbituba, no Sul catarinense.

 

O candidato a milionário em Itajaí pratica detectorismo como hobby, prática de encontrar objetos com o auxílio de detector de metais e encontrou o material há alguns meses.

 

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A substância expelida pela baleia cachalote é muito valorizada e utilizada por fabricantes de perfumes caros, como os franceses. É chamada âmbar cinza, um poderoso fixador para as essências mais caras do mundo. Pela raridade, os valores pagos a quem encontra o tesouro são altos.

 

Catarinenses tentam identificar suspeitas de “vômito de ouro” de baleias – Foto: Reprodução/Montagem/ND

 

Outro candidato é um ex-garçom morador de Imbituba, ele conta que encontrou o objeto enquanto caminhava pela praia de Itapirubá e chegou à conclusão de que seria o “vômito de ouro” após testes e comparações.

 

Mas é vômito mesmo?

 

A substância que se popularizou através da mídia internacional pela denominação “vômito de baleia” na verdade é algo mais parecido com fezes do que um gorfo propriamente, explicam os professores de Ecologia, Zoologia, Oceanografia e Química.

 

“Não é exatamente um vômito, é um produto do intestino desses bichos, chamado âmbar cinza”, pontua Paulo Simões Lopes, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

 

O professor da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), André Silva Barreto, complementa: “o âmbar cinza é produzido no intestino dos cachalotes e não é um ‘vômito de baleia’ como vem sendo colocado. Os cachalotes são animais que vivem em águas profundas e ocasionalmente defecam esse material”.

 

Anelise Regiane, professora de Química e membro do Quimidex (Laboratório da UFSC) explica ainda que “o âmbar cinza é produzido apenas pela baleia cachalote e é formado nos intestinos da baleia. Todo mundo entende como vômito de baleia, mas na verdade ele é o ‘cocô’ de baleia”.

 

Ela esclarece, ainda, o que faz essa substância ter um cheiro agradável. “Quando a baleia produz, dentro dos intestinos, ele tem cheiro de fezes, mas quando ele sai da baleia e vai pro mar ele passa bastante tempo rolando na água salgada sob o efeito do sol, então esse tempo de maturação faz com que ele vá ficando cada vez mais claro, tendo essa tonalidade cinza. As moléculas vão se modificando ao longo do tempo e ao longo desse processo esse cheiro de fezes vai sumindo, e vai aparecendo esse aroma gostoso que é usado na perfumaria fina”.

 

Como é o cheiro do “vômito de baleia”?

 

Para quem ficou com curiosidade de conhecer o aroma do âmbar cinza, será possível em Florianópolis. Anelise Regiane conta que possui uma amostra do aroma sintético no Quimidex, que será disponibilizado ao público.

 

“Como eu recebi recentemente, ainda não colocamos na exposição. Mas sim, a intenção é que faça parte da experiência olfativa da exposição”.

 

Ela revela ainda quais são as características da fragrância: “o ambergris tem como descritores do aroma: doce, floral, animálico (indólico), marinho”, ela descreve.

 

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Por sua raridade, é difícil encontrar perfumes à venda que utilizem a substância natural. No Brasil, por exemplo, nenhuma perfumaria utiliza o âmbar cinza. 

 

Fonte: ND+

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