Biden avalia medidas para restabelecer a internet móvel em Cuba
Os Estados Unidos estão analisando se podem restaurar o acesso à internet em Cuba, restrito à população por autoridades cubanas no contexto de protestos históricos contra o governo, disse o presidente Joe Biden nesta quinta-feira (15).
"Eles cortaram o acesso à Internet. Estamos considerando se temos capacidade tecnológica para restaurar esse acesso", afirmou o presidente dos Estados Unidos durante uma entrevista coletiva com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Biden também estava aberto a enviar "quantidades significativas" de vacinas anticovid para a ilha caribenha, que vivencia um forte aumento nos casos por coronavírus e está desenvolvendo suas próprias vacinas em meio a uma crise econômica agravada pela pandemia.
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"Eles têm um problema de covid em Cuba. Estaria disposto a doar quantidades significativas de vacinas se, de fato, me garantissem que uma organização internacional administraria essas vacinas e faria de forma que os cidadãos comuns tivesse acesso a essas vacinas", informou.
Em Cuba, sob governo comunista desde a revolução liderada por Fidel Castro em 1959, milhares de cubanos tomaram as ruas de 40 cidades no domingo gritando: "Estamos com fome!", "Liberdade!" E "Abaixo a ditadura!".
"Há várias coisas que consideraríamos fazer para ajudar o povo cubano", acrescentou o líder democrata, "mas exigiriam" uma "garantia" de que "o governo não se aproveitaria deles" em seu próprio benefício.
Sanções de Trump permanecem
Nesse sentido, descartou a possibilidade de permitir novamente o envio formal de remessas a Cuba, suspensas por seu antecessor, o republicano Donald Trump.
"Não faria isso agora porque na verdade é muito provável que o regime confisque essas remessas ou grande parte delas", acrescentou Biden.
Como candidato, Biden havia se mostrado favorável a suspender as restrições às remessas, a segunda fonte de divisas de Cuba depois da exportação de serviços médicos.
Fotos: Reproduções
Mas até agora ele não reverteu essa ou outras políticas de Trump, que ampliou o embargo econômico que os Estados Unidos aplicam desde 1962 a Cuba para forçar uma mudança de regime.
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Trump, que chegou ao poder em 2017, fez questão de apagar assim a reaproximação à ilha feita pelo ex-presidente democrata Barack Obama, de quem Biden era vice-presidente, desde 2015.
Fonte: R7