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01/11/2020

Bloco de calcário contendo fósseis de dinossauros é descoberto em Uberaba e entregue ao Complexo Cultural e Científico de Peirópolis

Foto: Reprodução

Material, que pesa cerca de 2,5 toneladas, foi retirado de um ponto de mineração de calcário de um grupo empresarial às margens da BR-050. O achado é importante para a ciência, turismo e economia do município, que também é considerado como a

 Um bloco de calcário e arenito contendo fósseis de dinossauros carnívoros e herbívoros foi descoberto em Uberaba na última semana. O material, que pesa cerca de 2,5 toneladas, foi retirado de um ponto de mineração de calcário de um grupo empresarial às margens da rodovia BR-050, a aproximadamente 50 km da área urbana.

 

O bloco foi entregue na última sexta-feira (23) ao Complexo Cultural e Científico de Peirópolis (CCCP) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), que vai retirar os fósseis que estão concentrados em uma camada com cerca de 15 centímetros. O achado é importante para a ciência, turismo e economia do município, que também é considerado como a "Terra dos Dinossauros".

 

O material foi entregue por Paulo César Silva Macedo, técnico em paleontologia de uma empresa de consultoria ambiental, e recepcionado pela diretora do CCCP, Stela Mariana de Morais, acompanhada dos funcionários do complexo e de Marcelo Nicolau, da Casa do Turista.

 

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Como o bloco não cabe dentro do Museu dos Dinossauros e pela necessidade de conservar os fósseis, ele foi envelopado para evitar qualquer acidente e, assim que possível, o preparador de fóssil irá retirá-lo e levar para o laboratório.

 

Monitoramento e salvamento

 

Professor e geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro com o bloco contendo fósseis de dinossauros em Uberaba — Foto: Reprodução/TV Integração

Foto: Reproduções

 

Desde 2015, existe em Uberaba uma lei que tem com o objetivo de proteger e gerenciar as reservas fossilificas em âmbito municipal. Conforme a Portaria nº 003/2015, antes de iniciar as obras, o responsável pela construção deve conhecer o zoneamento paleontológico para checar a possibilidade de encontrar rochas e formações sedimentares.

 

Se o diagnóstico apontar que há uma possibilidade de se achar fósseis, o empreendedor é obrigado a contratar uma empresa, ou fazer uma associação com uma universidade, para que se faça o programa de monitoramento e salvamento do material.

 

Segundo o CCCP, foi graças à esta portaria que foi possível fazer o monitoramento e salvamento do bloco, considerando que são rochas muito fossilíferas, semelhantes às rochas encontradas na mesma camada geológica, onde são explorados os fósseis em Peirópolis, denominado Formação Marília, que é datada entre 70 e 62 milhões de anos atrás.

 

Essa mesma camada geológica é portadora de fósseis importantes como o Uberabatitan ribeiroi, Uberabasuchus terrificus, Uberabatrachus carvalhoi, Peirossauros tormini, Itassuchus jesuinoi, Cambaremis langertoni, e vários outros fósseis que compõe a paleobiota do Cretáceo continental brasileiro no Triângulo Mineiro.

 

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“Graças a esse trabalho, o CCCP, através do Centro de Pesquisas Paleontológicas Leweelyn Ivor Price, têm feito as ações que ele se propõe, que é realizar pesquisas, coletar fósseis, preparar os fósseis, estudar os fósseis, dar publicidade a esses achados, através de publicações científicas e, depois, expor na mostra do Museu dos Dinossauros para gerar o turismo que movimenta a economia local”, disse o professor e geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro.

 

G1

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