Ex-presidente também promete reativar lives na reta final da campanha para influenciar eleições municipais pelo Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou vídeo pedindo votos para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e criticando a comparação feita pelo empresário Pablo Marçal (PRTB) da facada sofrida nas eleições de 2018, em Juiz de Fora, com o episódio da cadeirada sofrida pelo ex-coach pelo apresentador José Luiz Datena (PSDB). Ele também prometeu "reativar as lives" uma semana antes do primeiro turno, todos os dias, às 20h, para tentar influenciar nas disputas pelo Brasil.
— Por ocasião de um debate aí em São Paulo, dois candidatos se desentenderam. Um provocou o outro no limite, e o provocado, não resistindo, foi pra cima do outro e deu-lhe uma cadeirada. Condeno a cadeirada e condeno a provocação também, feita de forma vil — opinou Bolsonaro. — Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro no (Donald) Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018.
Para Bolsonaro, existe uma "diferença muito grande" entre os atentados contra ele e Trump porque Pablo Marçal, que em nenhum momento foi nomeado no vídeo, conhecia o agressor e "sabia que estava provocando". Bolsonaro disse que passou "meses de muito sofrimento" em decorrência da facada e levantou a camisa para mostrar as cicatrizes que guarda até hoje.
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— Usar um episódio desse da cadeirada que ele provocou para buscar se comparar comigo com o Trump para conseguir o poder é lamentável — afirmou Bolsonaro. O conteúdo já circula entre apoiadores e listas de transmissão no WhatsApp.
Bolsonaro aproveitou o comentário para defender a reeleição de Ricardo Nunes, no pedido de voto mais explícito feito até o momento nessa campanha. Apesar de angariar o apoio formal do PL, Nunes tem tido dificuldades em fidelizar o eleitorado bolsonarista, principalmente o mais radical, que prefere a retórica mais agressiva de Marçal.
— Podemos hoje em dia votar e errar, mas quando você vota já sabendo que vai errar, tem uma diferença muito grande. Eu apelo a vocês, votem não com o coração e a emoção, mas com a razão. Não entrem na pilha de provocações, de fake news, de fazer meme, recortes e buscar espaço para chegar ao poder. Quem está mais preparado para governar São Paulo? O vice do Ricardo Nunes foi indicado por mim, o coronel Mello Araújo, que esteve à frente da respeitadíssima Rota e botou moral e ordem no Ceagesp.
Ao final, o líder do PL disse que, se fosse eleitor de São Paulo, votaria em Nunes, deixando clara a sua posição. Marçal, por exemplo, fixou nas suas redes sociais um trecho de uma entrevista dada por Bolsonaro, semanas atrás, em que dizia que o emedebista não era seu "candidato dos sonhos" e classificou o empresário como uma pessoa "inteligente" e que tem "suas virtudes".
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— Até porque, em relação aos demais, eu tenho alguns senões ainda. Espero que essas pessoas, no futuro, mudem o seu comportamento. Busque o poder sim, mas para servir, e não se servir dele. Não dá para comparar o tiro no Trump, a facada em mim com a cadeirada que ele levou em São Paulo — completou Bolsonaro.
Fonte: O Globo