Sob ordens do ex-presidente, legenda desiste de senado no Paraná
O PL de Jair Bolsonaro não deve recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu o senador Sergio Moro (UB-PR) da cassação por abuso de poder econômico.
O PL era um dos agentes da ação contra a chapa. O PT também apoiava a cassação. A ideia de ambos os partidos era derrotar Moro para abrir uma eleição suplementar e assim criar uma prévia da eleição de 2026.
A disputa para substituir o ex-juiz ficaria, provavelmente, entre Gleisi Hoffman (PT) e Michelle Bolsonaro (PL). Contudo, após ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a legenda de extrema direita decidiu interromper a ação e aceitar Moro no cargo temporariamente.
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Apesar do ex-ministro da Justiça ter rachado com Bolsonaro, os dois lados estão em reaproximação desde outubro de 2022, quando o paranaense apoiou enfaticamente se ex-chefe no segundo turno.
O senador e colega de Moro Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já havia adiantado qual seria a posição do partido anteriormente. “A orientação partidária é que o PL não recorra, essa é a orientação do presidente Bolsonaro”, disse.
O partido também considerou que o governador Ratinho Jr. (PSD-PR) não apoiaria Michelle e que poderia haver um racha da direita no pleito.O PT já havia desistido de entrar com um recurso por enxergar que a pauta seria derrotada após uma vitória acachapante de Moro na corte eleitoral.
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Além de entender a questão como uma derrota, enxerga que existem outras ações que podem prejudicar a estabilidade do ex-juiz no cargo, como o próprio julgamento do senador no Supremo Tribunal Federal por calúnia contra Gilmar Mendes.Sabe-se também que o presidente Lula não era uma enfático defensor da cassação do senador, o que desmobilizou o partido em torno da questão.
Fonte: O Globo