Ex-presidente da República disse que partido deve decidir em breve sobre apoio na Câmara e sinalizou que aval a Alcolumbre no Senado está praticamente certo
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro disse que a votação do projeto da anistia para os presos do 8 de janeiro não foi colocado como condição para o seu partido, o PL, ceder apoio aos candidatos à presidência da Câmara e do Senado. Bolsonaro ainda afirmou que não há martelo batido entre os deputados, embora tenha sinalizado apoio ao senador Davi Alcolumbre (União-AP).
— Não tem condição de apoio. Não tem condição (como a anistia). Nós (do PL) somos 95 deputados. Aqui na Câmara, se fosse 257, tudo bem — disse Bolsonaro nesta terça-feira, após se reunir com a bancada do seu partido no Senado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para a tramitação do projeto de lei que dá anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. A ideia é evitar que o tema contamine o seu processo de sucessão. A previsão anterior era que o texto fosse votado nesta terça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O deputado Rodrigo Valadares (União–SE), relator do projeto, já apresentou seu parecer e foi concedido o período regimental de vista, para os parlamentares poderem analisar o projeto.
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— A anistia está sempre nas pautas nossas. Entendemos que cada vez mais há um volume de parlamentares que entendem da mesma maneira, até corroborando com o ministro José Múcio, da Defesa, que o 8 de janeiro não foi uma tentativa de golpe— disse ainda.
Bolsonaro afirmou que ainda que o PL deve se decidir nos próximos dias sobre qual candidato deve apoiar na Câmara.
— Acredito que nos próximos dias, talvez até amanhã, temos uma alternativa para tudo isso aí. Quem vai apoiar é a bancada da Câmara, tem que conversar com ele. A reunião é amanhã. Eu pessoalmente tenho um peso, mas eu não quero impor nenhum dos três nomes para a bancada — declarou o ex-presidente.
Porém, em relação ao Senado, onde o senador Davi Alcolumbre (União-AP) tem despontado como favorito, Bolsonaro foi mais assertivo.
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— Nós sabemos da força do Alcolumbre, que ele deve ser o presidente do futuro. Mas nós, em 2023, jogamos com o (Rogério) Marinho, perdemos e não temos espaço na mesa nem em comissões. Então, a gente está meio quase como zumbi aqui dentro, com todo o respeito ao trabalho que a bancada do PL e outros que apoiaram fazem. E nós temos que participar da mesa de comissões — avaliou.
Fonte: O Globo
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