O País registrou uma taxa de informalidade de 39,8% no mercado de trabalho no trimestre até julho deste ano. O resultado nunca atingido antes é de 39,294 milhões de trabalhadores atuando em modalidade informal no período, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
Em um trimestre, mais 560 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. Ainda assim, a geração de vagas no período totalizou 2,154 milhões, ou seja, foi puxada majoritariamente por ocupações formais.
"Hoje, quem está respondendo mais pelo crescimento da ocupação é a parcela formal, diferentemente de outras situações que a gente viu aqui no passado, que era a informalidade que respondia por cerca de 70% do crescimento (da ocupação)" , afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. "A informalidade respondeu por 26% do crescimento (da população ocupada no trimestre). Então, de fato, o preponderante foi a formalidade. Porque a gente teve crescimento do setor público, e o setor público agrega formalidade, e a gente teve crescimento na carteira (assinada no setor privado)", completou.
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Por outro lado, embora a informalidade não seja mais neste momento o motor da expansão da ocupação, o patamar recorde de informais no mercado de trabalho mostra um espaço para a melhora da qualidade do emprego.
A coordenadora do IBGE lembra que a carteira assinada no setor privado mostra expansão, totalizando 35,801 milhões de vagas no trimestre até julho, mas ainda está longe de alcançar o patamar mais elevado registrado em 2014, quando somava 37,594 milhões.
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"Embora tenha avançado, o emprego com carteira não se equiparou a recordes já mostrados nessa série", disse Adriana Beringuy. "A gente tem algum espaço ainda para ser percorrido em termos de adição de carteira de trabalho para se bater o recorde que foi atingido lá atrás."
Fonte: O Dia