19 de Abril de 2024 - Ano 10
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Mulher
23/03/2020

Brasileira descobre substância mais eficaz para tratar câncer de ovário

Foto: Reprodução

Carolina Gonçalves Oliveira, da Universidade Federal de Uberlândia, estuda tratamento à base de paládio, que atinge as células malignas e preserva as saudáveis

O câncer de ovário é um dos mais graves que pode acometer uma mulher. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse é o segundo câncer ginecológico mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero. Não é para menos: esse tipo de tumor só costuma apresentar sintomas quando já está em estado avançado e por isso é de difícil diagnóstico.

 

O tratamento pode ser cirurgia ou quimioterapia, de acordo com o Inca. Mas a ciência vem procurando novas estratégias para tratar as mulheres que sofrem com essa doença. É o caso da pesquisadora Carolina Gonçalves Oliveira, professora do Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais.

 

Com orientaçã do professor Victor Marcelo Deflon, ela se uniu a estudiosos da USP de São Carlos, no interior paulista, e do exterior (Reino Unido e Itália) para desenvolver um composto à base de paládio – metal raro de alto valor comercial – eficaz contra diversos tipos de tumores, em especial o de ovário.

 

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Em seu estudo, Oliveira observou que o paládio é menos agressivo às células saudáveis do que a cisplatina, utilizada atualmente para tratar esse tipo de câncer. A vantagem do novo tratamento é que ele age diretamente na topoisomerase, uma enzima que participa do processo de duplicação do DNA das células malignas. “O composto de paládio se liga diretamente à enzima topoisomerase e leva a célula cancerosa à morte”, explica a especialista. Nesse processo, as células saudáveis são preservadas.

 

A cisplatina, por outro lado, tem como desvantagem o fato de não conseguir agir apenas em células malignas — ela afeta também os tecidos ovarianos saudáveis, o que faz com que a imunidade da paciente seja afetada. Outro ponto a ser destacado é que algumas células cancerígenas podem adquirir resistência contra ela, o que não foi demonstrado com o paládio até agora. 

 

Carolina Gonçalves descobriu que o paládio é melhor no tratamento contra o câncer de ovário (Foto: Divulgação)

Foto: Reprodução

 

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Ainda não é possível dizer, no entanto, se o paládio apresenta efeitos colaterais, porque não houve testes em humanos. Mas, segundo a pesquisadora, já há pesquisadores interessados em aplicar o método em mulheres.

 

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