A equipe de Guilherme Boulos (PSOL) afirmou, nesta segunda-feira, que um dos policiais militares que tentou prender o candidato a deputado federal é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). O primeiro-tenente, que aparece nas imagens deste domingo tentando conduzir Boulos à delegacia, foi identificado pela campanha como Waldson Ferreira de Moura Junior. Nas redes sociais, o PM compartilhava publicações a favor de Bolsonaro.
No Facebook, o policial curtia páginas como "Brasil com Bolsonaro" e "Panelinha da Direita 1.0". O militar também demonstrava apoio ao candidato ao Senado, Márcio França (PSB), por meio do perfil "Com Márcio França, SP avança". Após o episódio com Boulos na Avenida Paulista, em São Paulo, Waldson restringiu o acesso à conta para terceiros.
Em um post de setembro de 2021, ao compartilhar um vídeo publicado pelo presidente, Waldson reproduziu o slogan da campanha de Jair Bolsonaro em 2018, escrevendo "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". A frase se tornou marca registrada de Bolsonaro e seus apoiadores.
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Em nota, Guilherme Boulos alegou que "os policiais foram instrumentalizados por candidatos de direita para me constranger e gerar um fato político favorável aos bolsonaristas".
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra Waldson, junto a outros policiais, discutindo com Boulos em meio à ameaça de prisão. Confira abaixo:
BOULOS
Ao todo, a tentativa de prisão durou cerca de 30 minutos, por conta de uma confusão com integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). Eles acusaram Boulos de agredir um menor de idade que fazia parte do grupo de direita. O candidato do PSOL nega o ocorrido.
A assessoria de imprensa de Boulos reforça que "a tentativa de prisão é completamente ilegal e visa intimidar o candidato". A equipe também reitera que "por lei, a Polícia Militar só pode efetuar prisões em flagrante, o que não aconteceu pelo simples fato de que não houve agressão por parte do candidato."
De acordo com o artigo 236 do Código Eleitoral, todos os candidatos têm imunidade por 15 dias antes da data da votação.
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Procurado pela reportagem, o primeiro-tenente ainda não retornou as tentativas de contanto da reportagem.
Fonte:Extra