Total de casos da doença nos primeiros quatro meses só é menor do que os registros de 2019, quando houve 19 notificações no ano inteiro
A cidade de São Paulo registrou, até abril, 17 casos de coqueluche, o maior índice dos últimos anos — o acumulado nos quatro primeiros meses de 2024 é quase igual ao total registrado em todo o ano de 2019, quando foram notificados 19 casos da doença.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que, apesar do cenário, a capital não vive um surto de coqueluche.
A SMS acrescentou que nenhum óbito foi computado na cidade este ano. Os distritos administrativos em que os casos foram registrados até abril são os seguintes:
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ZONA SUL
Sacomã – 2
Jardim Ângela – 2Vila Mariana – 1
Vila Andrade – 1
Jardim São Luiz – 1
ZONA OESTE
Alto de Pinheiros – 3
Itaim Bibi – 1
Jardim Paulista – 1
Pinheiros – 1
REGIÃO CENTRAL
Santa Cecília – 1
ZONA LESTE
Lajeado – 1
O distrito com mais casos este ano foi o de Alto de Pinheiros, na zona oeste, com três notificações. Três pessoas que vivem na mesma residência foram acometidas pela doença, caracterizada por crises incontroláveis de tosse seca seguidas pelo guincho inspiratório (som produzido pelo estreitamento da glote).
Em comparação com os últimos anos, o aumento de casos é flagrante: em 2023, houve 8 registros ao longo de todo o ano; em 2022, houve apenas 1; 2021 teve 6 casos; 2020, 12; e, em 2019, foram 19 registros.
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de transmissão respiratória e imunoprevenível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Segundo a SMS, ocorre principalmente em menores de um ano de idade, sendo essa susceptibilidade relacionada ao esquema vacinal ausente ou incompleto.
O tratamento é realizado com antimicrobianos disponíveis nos serviços de saúde em toda cidade. A vacinação é a principal forma de prevenção da coqueluche.
As vacinas podem ser encontradas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas.Em São Paulo, estão disponíveis dois tipos de vacina contra a coqueluche. São elas:
Vacina coqueluche de células inteiras: para crianças menores de 7 anos de idade;
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Vacina coqueluche acelular (vacina dTpa): para gestantes, com o objetivo de conferir proteção aos recém-nascidos seja pela passagem de anticorpos maternos ou indiretamente, por conferir imunidade para a mãe. Vacina-se também o grupo de profissionais de saúde que prestam atendimento a essa população de recém-nascidos.
Fonte: Metrópoles