Psicóloga dá dicas do que fazer em situações como salas de espera, à mesa do restaurante e em viagens longas
Como cada família têm suas próprias regras, não dá para dizer que existe uma idade "certa" para que as crianças possam usar o celular, ou quem sabe ganhar um aparelho próprio. Seja como for, uma pesquisa divulgada em novembro do ano passado mostrou que 54,8% das pessoas de 10 a 13 anos no Brasil têm um celular - e os momentos em que esse celular é usado variam.
Às mesas dos restaurantes, nas salas de espera dos médicos e em várias outras ocasiões, é comum que as crianças recorram à tela para não ficar entediadas, e isso com autorização dos adultos responsáveis. Mas será que o aparelho é a única opção de diversão que se tem nessas horas?
A psicóloga Patricia Peixoto, especialista em neuropsicologia e terapia cognitivo-comportamental de crianças e adolescentes, bolou uma lista de sugestões de atividades para cada um dos momentos em que já virou costume recorrer ao celular. Veja se essas alternativas ajudam você a deixar de lado um pouquinho a diversão eletrônica.
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NO RESTAURANTE
À mesa no restaurante com os adultos, vale pensar em usar algo para desenhar ou colorir. Quando souber que vai almoçar ou jantar com a família, separe um estojo com lápis, canetas e outros acessórios, além de papel sulfite ou um caderno especial de desenhos.
Patricia também lembra jogos como o aquaplay, o cubo mágico e o jogo Genius, que podem ser bons aliados. "Eles servem para trabalhar a atenção", diz Patricia. "E existem versões pequenas dele do tamanho de um chaveiro."
NUMA SALA DE ESPERA
Aqui valem também as mesmas dicas dadas para o entretenimento nos restaurantes, lembrando apenas que talvez não haja uma mesa para apoiar os materiais. Mas, se o desenho for em um caderno de capa dura, está tudo certo! Também dá para comprar uma prancheta, para ter junto do kit que vai na mochila quando houver compromissos com os adultos.
"E em uma sala de espera também podemos pensar em jogos portáteis de cartas, como o Uno", sugere a psicóloga.
NA CAMA ANTES DE DORMIR
Aqui o ideal é se dedicar à leitura, explica Patricia. "É a melhor coisa para se acalmar nesse momento e ajudar a ter uma boa noite de sono", diz a psicóloga. O uso excessivo de telas de computadores, celulares e tablets à noite provoca distúrbios. A luz azulada emitida pelos aparelhos ativa ondas cerebrais e nos mantém em estado de vigília, causando insônia.
NO CARRO, NOS TRAJETOS DO DIA A DIA
"Você tem uma agenda? Já pensou em ter um diário?", pergunta Patricia. "Expresse seus sentimentos, escreva seus planos, vontades e desejos. Coloque no papel suas atividades. Isso pode te ajudar na sua organização", diz a psicóloga. Então, mãos à obra nos relatos enquanto o trânsito estiver chato, ou o destino ainda estiver longe.
NO CARRO NUMA VIAGEM LONGA
"Aqui o legal é admirar a paisagem e conversar sobre ela. Ou ouvir música e cantar junto com as outras pessoas que estão com você no carro", sugere a psicóloga. Ela também recomenda que a brincadeira de karaokê envolva todos os viajantes, que devem ouvir juntos a música do sistema de som do carro, e não de aparelhos celulares individuais.
QUANDO OS RESPONSÁVEIS QUEREM CONVERSAR COM AMIGOS
Fotos: Reprodução/Internet
"Se você não puder participar da conversa, leve um livro para leitura. Além de ajudar a passar o tempo, a leitura será uma ótima aliada, além de algo importante para o seu desenvolvimento criativo", afirma Patricia. Escolha uma boa história e mergulhe nas suas páginas enquanto seus responsáveis se divertem com os amigos.
DEIXA QUE EU LEIO SOZINHO
Ofereça este texto para uma criança praticar a leitura autônoma
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Fonte: Folha de São Paulo