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05/10/2019

China está matando minorias para revender órgãos, diz tribunal

Foto: Divulgação

Essas alegações foram feitas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU

 O governo chinês estaria promovendo coleta e revenda de órgãos humanos de minorias étnicas e religiosas em escala industrial. Essas alegações foram feitas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na última semana pelo advogado Hami Sabi, que apresentou relatório com o resultado das investigações feitas pelo Tribunal da China.

 

Sediado em Londres, o Tribunal da China é um painel independente iniciado pela ETAC (International Coalition to End Transplant Abuse in China, ou em português Coalizão Internacional para Acabar com o Abuso de Transplantes na China) para investigar as muitas denúncias de extração forçada de órgãos de cidadãos chineses por parte do governo.

 

Na presidência do tribunal está Sir Geoffrey Nice, que foi promotor do tribunal internacional durante o julgamento de Slobodan Miloševic, ex-presidente da antiga Iugoslávia.

 

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Pelas conclusões do relatório, as maiores fontes de extração forçada de órgãos na China têm sido centenas de milhares de pessoas pertencentes a minorias étnicas e religiosas, entre elas os muçulmanos uigures, cuja detenção em campos de “reeducação” tem sido amplamente denunciada desde o ano passado.

 

Os seguidores da prática espiritual Falun Gong (ou Falun Dafa) seriam as outras grandes vítimas. Essa prática religiosa foi banida da China há 20 anos após 10 mil membros fazerem um protesto silencioso na sede da liderança chinesa em Pequim.

 

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Fotos: Reprodução

 

Durante sua apresentação, Sabi disse que os membros da ONU têm “obrigação legal” de agir após a revelação dos dados: “a prática de crimes contra a humanidade que vitimou o Falun Gong e os uigures foi comprovada além de qualquer dúvida razoável”. E acrescentou: “o transplante de órgãos para salvar vidas é um triunfo social e científico, mas matar o doador é criminoso”.

 

O governo da China nega as acusações de práticas antiéticas de coleta de órgãos para transplante e afirma que parou de utilizar órgãos retirados de presos executados em 2015. Em declaração recente, acusou o Tribunal da China de perpetuar “rumores”.

 

A indústria de transplantes na China


Estima-se que sejam realizadas cerca de 90 mil cirurgias de transplante na China anualmente, gerando ao país ganhos superiores a US$ 1 bilhão de dólares. A maioria dos receptores são pacientes chineses, porém muitos viajam de outros países para realizar o procedimento, uma vez que na China o tempo de espera por um transplante é significativamente menor do que em qualquer outro lugar.

 

Sir Geoffrey fez um apelo à Sociedade Internacional de Transplantes e outras associações médicas para “enfrentar o que foi revelado no julgamento do Tribunal da China e agir”. Alguns países, como Itália, Espanha, Israel e Taiwan já possuem restrições para quem pretende viajar a China para realizar cirurgia de transplante de órgãos.

 

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Para os membros do Tribunal da China o direcionamento de grupos minoritários para extração de órgãos representa uma “possível acusação de genocídio” comparável a outros exemplos de perseguição religiosa ou racial em massa na história recente. “É uma obrigação legal dos Estados Membros da ONU abordar essa conduta criminosa”, pontuou Sabi em seu discurso.

 

Mega Curioso

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