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26/03/2024

Cientistas descobrem cérebros de 12 mil anos ainda preservados

Foto: Reprodução

Se você já viu um cérebro humano no laboratório da escola, certamente deve ter tido a impressão de ser algo bem frágil, não é mesmo? Mas, acredite ou não, pesquisas recentes revelaram um mundo surpreendente de cérebros humanos preservados em diversos ambientes por pelo menos 12 mil anos. São cérebros intactos o suficiente para serem estudados, mesmo após séculos ou milênios de passagem do tempo!

 

Tudo começou em 1982, quando trabalhadores da construção civil tropeçaram em dezenas de esqueletos humanos com cerca de 8 mil anos em um lago nos arredores de Titusville, na Flórida. O que mais surpreendeu os arqueólogos foi encontrar tecido cerebral intacto dentro de 91 crânios.

 

Desde então, novas descobertas de cérebros preservados vêm ocorrendo em todo o mundo, desafiando nossa compreensão sobre a decomposição do cérebro após a morte.

 

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CÉREBROS RESISTENTES

 

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Um estudo liderado pela tafonomista (profissional que estuda os processos de preservação dos organismos da morte até a fossilização) Alexandra Morton-Hayward, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, revelou haver mais de 4.400 cérebros humanos preservados, datados de até 12 mil anos atrás, provenientes de todos os continentes, exceto a Antártica.

 

Em uma entrevista à revista Science, Morton-Hayward explicou que o cérebro, em condições normais, tende a se decompor rapidamente após a morte. No entanto, ela encontrou exemplos de preservação em diversos ambientes, como túmulos, naufrágios e poços. Esses cérebros preservados mantêm sua arquitetura microscópica, oferecendo uma oportunidade única de explorar o passado humano.

 

A especialista agora acredita que existam muito mais cérebros preservados do que possamos imaginar, pois muitos casos passam despercebidos durante escavações arqueológicas, afinal, as pessoas raramente procuram por cérebros.

 

Além disso, seria difícil um arqueólogo dar de cara com um cérebro e logo reconhecê-los, dado que os cérebros preservados têm uma aparência peculiar. Eles são encolhidos, com cerca de um quinto do tamanho original, e têm uma consistência semelhante à do tofu.

 

A coloração também tem influência do ambiente em que os cérebros foram encontrados, podendo ser desde negro até laranja brilhante, dependendo também da quantidade de ferro do solo ao redor.

 

COMO A PRESERVAÇÃO ACONTECE?

 

A cor do cérebro preservado pode variar, a depender do ambiente onde foi encontrado. (Fonte: Alexandra Morton-Hayward, Science/ Divulgação)

Fotos:Reprodução

 

A pergunta que sem dúvida fica no ar é como pode ser possível que o cérebro, um tecido tão delicado, tenha resistido ao passar dos séculos em diversos tipos de lugares e continentes. Infelizmente, ainda não há uma resposta concreta e os cientistas ainda estão tentando desvendar esse mistério.

 

Alguns sugerem que as condições ambientais desempenham um papel importante, enquanto outros apontam para a bioquímica única do cérebro como um possível fator de preservação. É justamente nessa segunda hipótese que a equipe de Oxford aposta.

 

A turma da Dra. Morton-Hayward apontou para um processo de preservação específico do sistema nervoso central, que envolve a bioquímica única do cérebro. Eles acreditam que gorduras e proteínas presentes no cérebro formam um material recalcitrante que evita a deterioração total.

 

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De qualquer modo, enquanto não se descobre todos os processos envolvidos na preservação do cérebro, o que podemos dizer é que esses artefatos encontrados podem nos fornecer novas formas de entender nossa história evolutiva, além de identificar doenças neurológicas antigas e até mesmo compreender como era a cognição e o comportamento de nossos antepassados.  

 

Fonte:Mega Curioso

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