Um dos tipos mais letais de câncer é o glioblastoma, um tumor do cérebro que não responde bem a quase nenhum medicamento existente hoje. Na busca por novas opções de tratamentos, cientistas do Brasil e da Suécia encontraram dois compostos capazes de inibir o crescimento das células tumorais.
O estudo foi publicado na revista científica Scientific Reports em dezembro de 2022, e mostra que, em laboratório, o A5 (derivado de isoquinolina) e o C1 (derivado de aporgina) se mostraram capazes de promover a morte das células de um glioblastoma.
As substâncias também conseguiram bloquear a formação de novas células-tronco tumorais e ainda potencializaram os efeitos do quimioterápico utilizado atualmente no tratamento.
Veja também
FCecon implanta serviço inédito de endoscopia oncológica de vias biliares e pâncreas
Familiares e pacientes da FCecon terão genoma e perfil mapeados por projeto nacional
“Mais estudos são necessários para melhor caracterizar a ação em células tumorais e normais, mas os resultados obtidos sugerem uma potencial aplicação terapêutica desses compostos como novos agentes citotóxicos úteis no controle dos glioblastomas”, explica o pesquisador Dorival Mendes Rodrigues-Junior, do departamento de bioquímica médica e microbiologia da Universidade de Uppsala, na Suécia, um dos autores do artigo, em entrevista à Fapesp.
O estudo foi feito em parceria com a Unifesp.
Os cientistas lembram que a pesquisa ainda representa apenas os primeiros passos no desenvolvimento de novos tratamentos para o glioblastoma.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram
Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram
Ainda é preciso testar os compostos em humanos e avaliar os seus efeitos em células não cancerígenas antes de começar a usá-los em pacientes com o câncer.
Fonte: Metrópoles