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26/02/2024

Clássico Fla-Flu teve dois gols de exceção

Foto: Reprodução

Foi mais um daqueles jogos muito esperados e que, por força de um calendário congestionado, terminam deixando tantas interrogações quanto conclusões

No primeiro gol, foram 50 segundos em que a bola circulou pelos pés de jogadores do Flamengo. Algumas inversões de bola, atração da pressão do Fluminense, até que Ayrton Lucas achou Arrascaeta no espaço entre meias e defensores do tricolor. O lance termina no gol de Pedro.

 

O segundo, ainda que tenha encontrado um Fluminense já desordenado e sem tanto vigor, foi uma pintura. É o tipo de jogada que explica por que os padrões para avaliar o Flamengo atual são tão altos. Quando se juntam para jogar De La Cruz, Arrascaeta e Pedro, por exemplo, é possível ver nascerem combinações como a do gol de Cebolinha.


Isoladamente, os dois gols que decidiram o Fla-Flu dão a impressão de um domínio absoluto de um Flamengo em sua melhor versão. Na verdade, até que Pedro abrisse o placar, o clássico era equilibrado. Num futebol cada vez mais marcado por pressões contra a saída de bola dos adversários, rubro-negros e tricolores tiveram dificuldades para sair jogando. No fim, este é mais um daqueles jogos muito esperados e que, por força de um calendário congestionado, terminam deixando tantas interrogações quanto conclusões. O quanto pesou o desgaste de um Fluminense que jogara quinta-feira na altitude? O quanto pesaram as trocas forçadas de Diniz no intervalo, descaracterizando a linha defensiva?

 

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Da justa vitória que praticamente lhe deu a Taça Guanabara, o Flamengo leva um reforço numa estatística bem chamativa. O time titular sofreu apenas um gol no ano, num amistoso com o Orlando City. Evoluiu em sua pressão ofensiva — que ainda tem momentos de oscilação — e, quando precisa defender mais atrás, também parece mais consistente com De La Cruz ao lado de Pulgar. Ocorre que apenas o decorrer da temporada irá, de fato, colocar tais impressões à prova. Porque a amostragem ainda é pequena.

 

O Flamengo não pareceu tão seguro ao perder a bola contra o Vasco, permitiu pouco ao Botafogo e ao Fluminense, e nos demais jogos enfrentou rivais muito inferiores.

 

Já as duas belas jogadas que resultaram em gols foram exceções num jogo em que o time teve problemas para sair de trás. Recorreu a muitos chutes longos de Rossi. Não há pecado em atrair a pressão de um rival e explorar uma defesa adiantada, com homens velozes correndo às costas da marcação rival. Mas raramente o Flamengo obteve vantagem nestes lances. E, a qualidade do elenco, permite esperar que o time saia de trás com mais segurança.

 

Não é novidade que o Fluminense de Diniz não hesita em envolver muitos homens em sua saída de bola, recuando até seus meias para os primeiros passes. Muito bem treinado, encontra boas combinações em passes curtos perto de sua área, ou mesmo perto do gol de Fábio. No entanto, uma vez superada a pressão do adversário, restam poucas opções de jogadores mais avançados para dar continuidade à jogada. É comum o time cadenciar o jogo e reiniciar a construção, permitindo ao adversário se reordenar para defender.

 

A partir daí, enfrenta times já posicionados para defender atrás, bloqueando a área. E, nos poucos jogos dos titulares neste ano, o tricolor tem trocado muitos passes e infiltrado pouco. No Fla-Flu, a ausência de Keno não ajudou neste aspecto. Não seria surpresa ver John Kennedy se juntar a Cano no centro do ataque, repetindo uma formação usada em algumas fases da última Libertadores.

 

Fla e Flu levaram observações do jogo. A temporada de ambos começa agora.

 

MENSAGEM

 

Tite tem o direito de não querer falar sobre Daniel Alves. Mas é justo notar que personagens como ele, treinador do Flamengo e ex-técnico da seleção, são influenciadores. Seria construtivo dizer à sociedade que, embora Tite não tivesse elementos, a Justiça teve todos. E condenou Daniel. E mais: reconhecer que o futebol, que tanto dialoga com jovens, precisa passar mensagens mais claras sobre violência de gênero.

 

SILÊNCIO

 

Também faltou manifestação aos atletas, no primeiro fim de semana de futebol após a tentativa de homicídio praticada contra jogadores do Fortaleza. Todos eles são vítimas em potencial e não os culpados pela escalada de violência. Mas diante da omissão de autoridades, são a esperança de um posicionamento contundente diante do flerte com a tragédia. Seja por solidariedade com colegas, seja por autoproteção.


KLOPP

 

É fato que a Copa da Liga é o troféu de menos status na Inglaterra. Mas ver o Liverpool, nas circunstâncias atuais, ganhar o título e se manter líder da Premier League, com algumas atuações de imensa imposição, impressiona. Sua lista atual de desfalques permitiria montar um time de elite do futebol europeu. E mesmo sem Salah, Jota, Alexander-Arnold e outros, o time de Klopp mantém sua identidade inconfundível. 

 

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Fonte: O Globo

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