Post de colégio em Minas Gerais foi bastante criticado
Uma escola particular em Minas Gerais foi alvo de duras críticas nas redes sociais nesta terça-feira, dia 1º, após fazer uma postagem atribuindo à roupa da mulher a culpa por "seduzir' um homem.
"Quando a mulher decide expor partes do corpo que deveriam estar cobertas se torna uma sedutora, partilhando assim a culpa do homem. De fato, os Teólogos ensinam que o pecado da sedutora é muito maior que o da pessoa seduzida", dizia a publicação original, cuja fonte seria o "guia mariano de modéstia".
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A declaração polêmica havia sido colocada nos Stories do Instagram do Colégio Recanto do Espírito Santo, @colegiores, e inicialmente chamou atenção de moradores da cidade de Itaúna, a cerca de 85 quilômetros de Belo Horizonte.
bom, brincadeiras a parte, tao preocupante quanto o colegio rico de itauna é o colapso do sistema de saúde da cidade... talvez ambos os problemas nasçam das raizes conservadoras da cidade
— bruno milixoto (@milixoto) June 1, 2021
eu e minhas amigas no recreio do colégio novo de Itaúna pic.twitter.com/FY2FELrxjC
— garota patense (@RaffahSoares) June 1, 2021
"o pecado da sedutora é muito maior que o da pessoa seduzida"
— Rafinha ? | AU Percabeth (@rtnescritora) June 1, 2021
post da escola cristã e conservadora da minha cidade
preciso falar o absurdo que é isso???? UMA ESCOLA DEFENDENDO ESTUPRADOR E CULPANDO A VÍTIMA
ainda coloca religião para justificar a misoginia deles próprios ? pic.twitter.com/YBDVNkcTIl
Diante da repercussão negativa, o post foi excluído. O perfil também incluiu um pedido de desculpas por abrir margem para interpretações com as quais não concorda.
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"Olá, paz e alegria! Foi feita uma postagem indevida por quem administra nossas redes sociais. Apesar de concordarmos com a modéstia no vestir, o texto em questão deixou margem para interpretações que não são as do colégio. Pedimos desculpa. O post foi excluído. #nãoaoestupro #aculpanuncaédavítima", afirma o comunicado, sem deixar claro se houve alguma medida tomada internamente a respeito do erro.
Fonte: O Globo