Protesto na Colômbia
Membros de sindicatos, estudantes, aposentados e trabalhadores voltaram às ruas de Bogotá, Medellín e Cali, na Colômbia, para protestar nesta quarta-feira, na terceira semana de manifestações contra o governo do presidente Iván Duque.
As manifestações, que eclodiram em 28 de abril contra uma polêmica reforma tributária, vêm sendo violentamente reprimidas — o que foi condenado pela ONU, que denunciou o uso excessivo de força policial. Até agora, 42 pessoas foram mortas nos confrontos, de acordo com um novo levantamento divulgado na terça-feira pela Defensoria do Povo, um órgão autônomo. Grupos de direitos humanos locais e internacionais, no entanto, estimam o número de mortos em 47.
A ONG Temblores registrou, nas duas semanas de distúrbios, 1.956 casos de violência estatal, com pelo menos 40 homicídios em que “o suposto agressor é membro da força pública”. A assessora presidencial de Direitos Humanos e Assuntos Internacionais, Nancy Gutiérrez, reconheceu nesta quarta-feira 35 óbitos “no âmbito da contingência social”.
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Relutante em admitir os excessos policiais, Duque, no entanto, afirma que a força pública tem agido com “absoluta obediência à Constituição” e que os abusos, “por condutas individuais”, estão sendo “judicializados”.
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Segundo o presidente, há 65 ações disciplinares contra os agentes: 8 por homicídio, 11 por agressão física, 27 por abuso de autoridade e 19 por outras ações. A polícia nacional iniciou dezenas de investigações disciplinares, e anunciou a suspensão de cinco policiais até agora.
Fonte: IG