Ex-presidente da República foi preso na manhã desta sexta-feira após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que rejeitou mais um recurso da defesa
Durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello afirmou que foi preso quando estava no aeroporto embarcando para Brasília para se apresentar às autoridades judicias. Collor foi preso no início da manhã após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou mais um recurso da defesa do ex-presidente e apontou que o recurso tinha caráter "meramente protelatório".
— Eu estava no aeroporto embarcando para Brasília para me apresentar às autoridades judiciais — disse o ex-presidente quando perguntado pelo juiz que conduziu a audiência sobre onde estava quando foi preso.
Collor também foi perguntado sobre em qual estado prefere cumprir a pena, se em Alagoas, onde tem família, ou em Brasília, e informou que prefere cumprir no estado do Nordeste.
Veja também
Defesa de Collor pede prisão domiciliar por doenças e idade avançada
O ex-presidente foi preso quase dois anos depois de ter sido condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado em 2023 por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora.
A decisão é sustentada por acusações feitas, e posteriormente comprovadas, por delatores da Operação Lava-Jato, bem como por e-mails, documentos internos, uma planilha, registros de entrada em empresas e mensagens trocadas entre os suspeitos.
Collor está preso em uma sala especial da Superintendência da PF em Alagoas. Após a audiência, o ministro Alexandre de Moraes definiu que ele cumpra a pena em uma ala especial no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram
Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram
A decisão de Moraes que determinou a prisão de Collor foi para análise do plenário virtual do Supremo, para confirmação ou não do colegiado. O ministro Gilmar Mendes, no entanto, pediu destaque e suspendeu a análise da decisão. Desta forma, o caso será analisado no plenário físico, em sessão ainda a ser marcada. Já há quatro votos para manter a prisão.
Fonte: O Globo/Metrópoles