A espécie é considerada invasora na Colômbia, mas corre risco de extinção
O governo da Colômbia decidiu sacrificar parte dos hipopótamos que descendem dos animais traficados e importados ilegalmente nos anos 90 por Pablo Escobar, antigo líder do Cartel de Medellín que é considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo.
Os animais viviam no zoológico pessoal de Escobar na Fazenda Nápoles, localizada na região de Magdalena Medio. Após a morte do traficante em 1993, as autoridades do país fizeram uma intervenção em suas propriedades e os animais acabaram abandonados, chegaram até o rio e passaram a viver ali, onde se reproduziram.
O hipopótamo é um mamífero herbívoro natural do continente Africano. Eles pesam até 2.000 kg, têm uma mordida forte e podem atacar seres humanos. O único predador deles é o leão, animal que não existe na Colômbia - apenas nos países da África.
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Apesar de se reproduzirem desenfreadamente e causarem danos na Colômbia, o hipopótamo comum é uma espécie listada no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES). Ou seja, eles podem estar ameaçados de extinção, a menos que o comércio desses animais seja controlado.
Segundo a Ministra do Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Susana Muhamad, a proliferação dos animais no Rio Magdalena é um risco ao ecossistema. Atualmente, há cerca de 166 hipopótamos e, segundo cálculos do ministério, até 2035 poderiam ser 1.000 animais, se a sua reprodução não for freada.
Além de sacrificar alguns espécimes, parte dos hipopótamos será castrada para não poder se reproduzir, enquanto alguns animais serão enviados para outros países.
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Diante do custo de exportar todos os 166 animais, o governo optou pela medida extrema e radical de matar parte da população da espécie invasora. Até então não foi informado o número de hipopótamos que serão mortos pelo governo colombiano, nem quando eles serão submetidos à eutanásia.
Fonte: IG