18 de Maio de 2024 - Ano 10
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11/12/2023

Combate à fome é o tema com maior convergência entre as propostas do Brasil na presidência do G20, diz Itamaraty

Foto: Reprodução

Reuniões em Brasília marcam o início efetivo da presidência rotativa do Brasil à frente do grupo

Após o primeiro dia de reuniões em Brasília, que marcam o início da presidência rotativa do Brasil à frente do G20, o embaixador Maurício Carvalho Lyrio afirmou que as três principais propostas de trabalho apresentadas pelo Brasil tiveram boa aceitação pelo grupo, em especial a agenda de combate à fome e redução de desigualdade.

 

- O combate à pobreza e a fome certamente é um tema em que as visões e diferenças entre os países são menores. Nada mais urgente do que enfrentar esse tema, são 750 milhões de pessoa sem acesso à comida de forma regular, mais 2,1 bilhões que são pessoas com acesso irregular a alimentos. É uma tarefa urgente - afirmou.

 

Ele disse que há expectativa de participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião de quarta-feira, mas a confirmação ficará a cargo do Palácio do Planalto.

 

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- A participação do presidente está sendo avaliada. A princípio, ele virá, mas a questão do horário e forma, a presidência é que dará as informações, mas seria na quarta-feira.

 

O Brasil apresentou como três principais propostas ao grupo o combate à fome e à pobreza, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.

 

Segundo o embaixador, as duas trilhas que norteiam os trabalhdos do G20, Sherpas e Finanças, terão reuniões esta semana. Na segunda-feira e na terça, haverá encontros sobre a trilha Sherpa, na quarta, reunião conjunta, e, na quinta e na sexta, apenas da trilha de finanças.

 

- No encontro de hoje, as propostas do Brasil foram bem recebidas. Entre elas a ideia de que as duas trilhas tenham coordenação. A sessão da manhã foi dedicada aos objetivos do G20, e linhas gerais da presidência brasileira, com reação muito boa. Na parte da tarde, falamos de métodos de trabalho da presidência brasileira, como concentrar esforços em resultados concretos - afirmou.

 

Ao todo, serão 130 reuniões ao longo do ano que vem espalhadas por 13 cidades do país: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).

 

O resultado final da agenda de trabalho construída ao longo deste ano será apresentado na Cúpula de Líderes do G20, prevista para acontecer nos dias 18 e 19 de novembro do Rio de Janeiro. Até lá, representantes dos países vão debater propostas, ideias e soluções para as principais pautas internacionais, que vão nortear a declaração final dos presidentes e as cooperações que serão estabelecidas entre os países membros.

 

A presidência brasileira terá três forças-tarefa, que são grupos de trabalho para tratar de assuntos propostos pelo país que ocupa a presidência. São elas: Finanças e Saúde, combate à fome e à desigualdade e contra as mudanças climáticas. O governo brasileiro espera ao final da gestão deixar como marca contribuições inéditas e concretas nessas áreas. Haverá, ainda, uma iniciativa pela bioeconomia.

 

Outro assunto que será pautado pela gestão brasileira é o da governança global. Lula tem criticado a baixa influência e a formação do Conselho de Segurança da ONU na mediação de conflitos internacionais, além de ter defendido que instituições multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, deem prioridade às necessidades das nações em desenvolvimento, sobretudo na área de infraestrutura, e estudem formas de renegociação de dívidas de países em dificuldades.

 

O governo quer criar um ambiente que evidencie as falhas no modelo atual. Por isso, as críticas feitas por Lula e por outros membros do governo seguirão sendo feitas de maneira frequente. Outro caminho para essa demonstração é criar um debate robusto sobre os pilares da presidência brasileira: o desenvolvimento sustentável, o combate à fome e à desigualdade, para provar que o modelo das instituições financeiras antigas, em vigor até o dia de hoje, não sustenta essas políticas.


O desafio é envolver todos os países nesses debates. A avaliação é que o combate à fome, à desigualdade e às mudanças climáticas são mais tangíveis, enquanto o assunto da governança pode ter mais desavenças.

 

A presidência do G20, inédita para o Brasil, é considerada o ponto alto da agenda internacional de Lula e o evento mais importante para a posição internacional do país. Antes do Brasil, o grupo estava sob presidência da Índia. O próximo país a liderá-lo será a África do Sul, a partir de dezembro de 2024.

 

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

 

São membros fixos do G20, além do Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e a União Europeia.

 

A presidência brasileira terá ainda oito países convidados: Angola, Egito, Nigéria, Espanha, Portugal, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Singapura. Desde o primeiro mandato de Lula, a política externa tem buscado um alinhamento com outros países em desenvolvimento. Na lista, constam três países da África: Angola, Egito e Nigéria.

 

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O G20 nasceu em 1999 como um fórum de ministros de Fazenda e presidentes de Bancos Centrais. Em 2008, durante a crise econômica mundial, os chefes de governo entraram em cena e o Brasil mobilizou os países membros para o enfrentamento da crise. 

 

Fonte: O Globo

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