Investigação da Polícia Civil aponta que mais de R$ 1 milhão circulou pelo crime organizado
O relatório da Polícia Civil apontou que parte do dinheiro da comissão paga ao intermediário responsável pela negociação do patrocínio da Vai de Bet ao Corinthians passou por contas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a investigação, que apura irregularidades na negociação, cerca de R$ 1,4 milhão pago a Alex Cassundé circulou pelo crime organizado. A informação foi divulgada pelo SBT.
Por meio da quebra do sigilo bancário, a polícia descobriu que, no ano passado, a empresa de Cassundé fez repasses, de R$ 580 mil e R$ 462 mil, a uma empresa fantasma registrada em nome de laranja. Logo depois, essa empresa transferiu R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas.
O relatório parcial indica que a manobra foi utilizada para "limpar" o rastro do dinheiro. Na sequência, a Wave fez transações de quase R$900 mil para a UJ Football Talent Intermediação, que pertence ao empresário Ulisses de Souza Jorge.
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A assessoria de atletas, que representa Éder Militão, entre outros, foi apontada como uma das empresas usadas para lavar dinheiro do crime organizado pelo Ministério Público de São Paulo, ano passado. A informação foi dada por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, em delação premiada ao MPSP, que mostrou a relação de agentes de futebol com o PCC. Grizbach foi assassinado em 11 de novembro, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
“Parece-nos nítido, destarte, que aqueles que deram causa ao desvio de dinheiro dos cofres do Sport Club Corinthians Paulista se utilizaram das tradicionais estratégias de lavagem de dinheiro para, não só introduzir os valores no sistema financeiro e distanciar o capital ilícito da sua origem, visando, assim, evitar uma associação direta com a infração antecedente, como também fracionar os recursos criminosos em trânsito e, deste modo, pulverizá-los em duas, três ou mais operações, tudo para dificultar a reconstrução da trilha do papel”, diz parte do relatório divulgado pelo site UOL.
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Em nota, o Corinthians afirmou que o inquérito está em "segredo de Justiça". “O inquérito policial está sob segredo de Justiça, portanto não teremos nenhum comentário a adicionar. O Corinthians não tem responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do clube.”
Fonte: O Globo