30 de Abril de 2024 - Ano 10
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Saúde
05/04/2024

Como é o tratamento que curou 5 pessoas do HIV no planeta

Foto: Reprodução

Até hoje, apenas cinco pessoas no mundo foram curadas do HIV. Todas foram submetidas a um transplante de medula óssea para o tratamento de um câncer. Ao selecionar o doador, os médicos buscaram alguém com uma mutação genética que leva à não expressão de um receptor chamado CCR5.

 

Esse receptor é uma proteína que fica na superfície das células do sistema imunológico chamadas linfócitos T CD4, que são os principais alvos do HIV.

 

Ele atua como uma espécie de fechadura por onde o vírus entra na célula. Porém, com a mutação e a ausência do receptor, a célula se torna resistente à infecção, interrompendo a replicação do vírus no organismo e eventualmente o eliminando.

 

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COMO FUNCIONA O TRATAMENTO?

 

De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o transplante de medula óssea é um tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas.

 

Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável.

 

O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente ou alogênico, quando a medula vem de um doador. No caso dos pacientes curados do HIV, a medula veio de outro doador.

 

O processo tem início com testes específicos de compatibilidade, onde são analisadas amostras do sangue do receptor e do doador, a fim de evitar processos de rejeição da medula, bem como outras complicações como a agressão de células do doador contra órgãos do receptor. No caso destes pacientes, além da compatibilidade, a equipe médica procurou doadores que também tivessem a mutação genética que poderia curar o HIV.

 

Antes do transplante, o paciente é submetido a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula. Em seguida, ele recebe a medula sadia em um procedimento semelhante a uma transfusão de sangue.

 

Uma vez na corrente sanguínea, as células da nova medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Mas, logo após o transplante, o paciente precisa ser monitorado devido ao risco de infecções e hemorragias e ao uso de drogas quimioterápicas.

 

RISCOS

 

O procedimento envolve diversos riscos. Os principais são relacionados às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. O paciente ainda pode desenvolver uma condição chamada “doença enxerto contra hospedeiro”, que precisa ser controlada com medicamentos. Isso aconteceu com Paul Edmonds, o quinto paciente a ser curado do HIV após o transplante.

 

Talvez vocês esteja se perguntando por que esse tratamento não é aplicado em todos os pacientes com HIV, então? Especialistas são categóricos em dizer que não é possível implementar o transplante de medula como medida terapêutica para o HIV.

 

Primeiro porque o transplante não é algo possível de se reproduzir em larga escala. Segundo, porque é um procedimento altamente arriscado cuja realização só se justifica diante de uma doença ameaçadora de vida como a leucemia.

 

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Atualmente, com os tratamentos disponíveis, a infecção pelo HIV não é mais ameaçadora de vida. Os pacientes que seguem o tratamento com rigor vivem plenamente e com saúde, longe da síndrome da imunodeficiência adquirida, a Aids. 

 

Fonte:O Globo

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