Para o biólogo marinho Wallace J. Nichols, a água tem conexão com os seres humanos e pode ajudar no bem-estar
O entendimento milenar de que a água tem um poder de cura, ficou esquecido e sofreu rejeição pela ciência ocidental. Mas, para o biólogo marinho Wallace J. Nichols, o oceano tem um papel fundamental na manutenção do bem-estar psicológico. Essa importância pode ser usada para defender ações de conservação do mar. O biólogo faleceu em junho deste ano, aos 56 anos.
Em seu livro Blue Mind, publicado pela primeira vez há uma década, trouxe um novo entendimento e apreciação pelos espaços azuis na sociedade moderna. Nichols defendia a interdependência e conexão do ser humano com a água.
Segundo artigo da pesquisadora de oceano e saúde humana na Universidade de Galway, na Irlanda Easkey Britton, a crença de Nichols deu início ao movimento blue mind (mente azul). O movimento busca tornar os preceitos trazidos no livro um conhecimento comum e acessível a todos. Além disso, defende atividades na água como forma de promover bem-estar e saúde.
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Nichols nasceu em 1967 em Nova York e teve uma infância que, segundo ele próprio, contou com grande presença de água. Ele estudou biologia marinha no início dos anos 90. Completou seu pós-doutorado na Universidade de Arizona, Estados Unidos, onde se especializou em conservação, genética e migração de tartarugas.
Ele e seus colegas ganharam renome ao rastrear por meio de satélite o trajeto de uma tartaruga chamada Adelita da Califórnia até o Japão em 1996. Essa foi a primeira vez em que um animal foi registrado atravessando uma bacia oceânica inteira.
Foto: Reprodução
Na visão de Nichols, o corpo pode entrar em um estado de “mente azul”, um lugar de calma e claridade. Treinar o corpo para chegar a esse estado mental pode servir como um mecanismo de sobrevivência vital para momentos de estresse extremo, como em situações que acionam mecanismos de fuga ou briga.
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Ao surfar uma onda grande, por exemplo, o maior risco é ficar sem oxigênio quando o mar mantêm o surfista abaixo da superfície. Entrar em estado de “mente azul’ é essencial para permanecer calmo, em especial, no caso de profissionais que precisam enfrentar situações de crise com frequência.Nichols também dizia que um oceano saudável pode ser o melhor lugar para passar o luto. Para ele, o oceano é capaz de pegar o medo e a emoção e absorvê-los.
Fonte: Olhar Digital