11 de Outubro de 2024 - Ano 10
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01/10/2024

Condromalácia patelar: é mais comum em mulheres, veja como evitar

Foto: Reprodução

Oode desencadear o amolecimento e a degeneração da cartilagem na superfície entre a patela e o fêmur, resultando em dor na região anterior do joelho,

O joelho é uma articulação que sofre mais do que outras com a sobrecarga do nosso peso. Não só no esporte, mas em atividades corriqueiras como ficar muito tempo em pé, uso excessivo de escadas, muito tempo de salto alto e até passar muito tempo sentados, pode ser prejudicial para os joelhos.

 

Isso porque a principal função dos joelhos não é fazer a extensão da perna, como para chutar uma bola, e sim absorver o impacto de nosso corpo em contato com o solo. Junto com a contração dos músculos da parte da frente da coxa, que chamamos de quadríceps, é capaz de absorver a energia de quando estamos nos movimentando, como em uma caminhada, e desaceleramos quando tocamos o solo.

 

A condromalácia patelar é uma condição caracterizada pelo amolecimento e degeneração da cartilagem na superfície entre a patela e o fêmur, resultando em dor na região anterior do joelho. Em alguns casos a degeneração pode levar à destruição completa desta cartilagem. Frequentemente está associada a anormalidades biomecânicas, como desalinhamento da articulação, que pode aumentar o estresse na cartilagem patelar.

 

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As mulheres têm maior probabilidade de desenvolverem condromalácia patelar do que os homens, em função de fatores anatômicos, hormonais e até por alguns hábitos diários. Dentre estes fatores destacam-se:

 

Estrutura corporal: a largura da pelve feminina faz com que os joelhos se projetem para dentro durante o movimento, formando um aspecto em X, chamado de valgo dinâmico, o que pode sobrecarregar a articulação patelofemoral.


Ativação muscular: em algumas atividades, os músculos quadríceps e glúteos das mulheres ativam-se mais tarde do que os dos homens, o que pode impactar mais as articulações. A diferença de força entre estes grupos musculares também pode ser importante.

 

Condromalácia de Patela (condropatia patelar) - Dr. Thiago Protta

 

Hormonais: o perfil hormonal das mulheres torna seus ligamentos e articulações mais frouxos. Essa diferença é de extrema importância para o alargamento da pelve que ocorre na gestação e no parto, mas pode gerar instabilidade em outras articulações.


Hábitos diários: o uso frequente de salto alto pode sobrecarregar os joelhos.


Os principais sintomas associados à condromalácia patelar em mulheres incluem dor na região anterior do joelho, que é frequentemente exacerbada por atividades que aumentam o estresse na articulação, como subir escadas, agachar ou ficar sentado por longos períodos com os joelhos dobrados. A dor pode ser acompanhada por crepitação ou sensação de estalos durante o movimento do joelho. Mas como podemos prevenir ou evitar as dores relacionadas à condromalácia patelar?

 

A fisioterapia é recomendada para corrigir desequilíbrios musculares e melhorar a biomecânica do joelho. Inclui técnicas de reeducação do movimento e fortalecimento neuromuscular, além de muito útil no controle das dores associadas a quadros mais agudos.

 

Tratamento Fisioterapêutico da Condropatia Patelar

 

A modificação das atividades, evitando aquelas que exacerbam a dor, é uma estratégia importante para prevenir a progressão da condição, e também devem ser orientadas por um fisioterapeuta.

 

O fortalecimento muscular, especialmente dos músculos do quadril e do quadríceps, é essencial no processo, pois ajuda a melhorar o alinhamento patelofemoral e a reduzir o estresse na articulação. Deve ser propriamente orientado por um profissional de educação física, capaz de corrigir movimentos que possam ser prejudiciais e priorizar exercícios que trarão mais estabilidade para a articulação.

 

Mulheres são mais propensas a sofrer com lesões no joelho

Fotos: Reprodução

 

A reeducação da técnica de corrida, também pode reduzir o risco de dor patelofemoral. Complicações como a condromalácia que são prevenidas quando indicamos o fortalecimento muscular através da musculação para um atleta de corrida, por exemplo.

 

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Essas intervenções devem ser personalizadas de acordo com as características individuais de cada pessoa, levando em consideração fatores anatômicos e biomecânicos específicos, além das necessidades diárias ou da modalidade esportiva praticada. Em caso de dores no joelho consulte um ortopedista, que fará o correto diagnóstico e as orientações quanto à melhor forma de acompanhamento e tratamento.

 

Fonte: Revista IstoÉ

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