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04/03/2020

Conheça a história de Lilith: a primeira mulher de Adão, demônio ou lenda? VEJA DIZ ESTUDO

Foto: Reprodução

Adão, Eva e Lilith

Há muitas discussões na Internet acerca de Lilith. Muitos acreditam que teria sido a primeira mulher de Adão. No entanto, dependendo da religião, os pontos de vista sobre o que pode ter acontecido de fato, variam significativamente, uma vez que cada um defenderá sua crença.

 

Não levantamos bandeira para nenhuma religião, pelo contrário, respeitamos cada uma e nessa linha de raciocínio, faremos o possível para trazer aqui as mais variadas conclusões sobre quem teria sido Lilith.

 

Ou seja, desvendar Lilith sob cada visão. O que tanto se debateu no grande sistema global de redes foi justamente o fato de tantos anos depois, levantarem a hipótese de Lilith ter sido a primeira mulher de Adão. Nosso foco é esse.

 

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Definição

 

Segundo define a Wikipedia, Lilith foi uma deusa adorada na Mesopotâmia e na Babilônia, associada com ventos e tempestades, que se imaginavam ser portadores de enfermidades e morte.

 

As diversas faces de Lilith

 

 

 

Existem várias lendas a respeito de Lilith. Uma delas reza que ela teria sido uma deusa sumério-babilônica, que foi relegada ao papel de demônio, na antiga religião judaica, por ato de rebeldia. Excluída da versão final da Bíblia, Lilith teria sido supostamente a primeira mulher de Adão, e não Eva. Perante o machismo imperativo do primeiro homem criado por Deus, não aceitou suas condições de submissão e o deixou. Porém, como todo mito, há diversas informações — a maioria, evidentemente, sem comprovação.

 

Lilith, para os judeus – A primeira mulher de Adão

 

 

Lilith, a mãe de todos os demônios

 

Para os judeus, Lilith é a mãe de todos os demônios, encarnando a brutalidade de uma natureza hostil aos seres humanos. Além disso, sua imagem e nome eram encontrados em grande quantidade de amuletos e objetos apotropaicos, principalmente acompanhados dos nomes e figuras de três anjos da medicina: Sanoi, Sansanoi e Semangelof (???? ?????? ????????) – que mantêm o demônio afastado.

 

 Lilith, a primeira mulher de Adão, segundo o Ben Sira

 

 

A história mais conhecida de Lilith pode ser encontrada no livro Alfabeto de Ben Sira. De acordo com esse livro, Lilith foi a primeira mulher que Deus criou, a primeira mulher de Adão e a primeira feminista. Dessa forma, o texto explica:

 

A criação divina do homem e da mulher, do mesmo material

 

 

 

Depois que Deus criou Adão, que estava sozinho, Ele disse: ‘Não é bom que o homem esteja só’ (Gênesis 2:18). Ele então criou a mulher para Adão, a partir da terra, como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a Lilith.

 

Adão e Lilith imediatamente começaram a brigar. Lilith disse: “Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.”

 

Quando reclamou de sua condição a Deus, Adão retrucou: “Eu não vou me deitar abaixo de você, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou feito pra ser superior.” Então Lilith respondeu: “Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra”. Mas eles não deram ouvidos um ao outro. Quando Lilith percebeu isso, ela pronunciou o Nome do Inefável e voou para o ar.

 

A rebeldia de Lilith contra o machismo de Adão

 

 

Adão permaneceu em oração diante do seu Criador: “Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!”. Deus então chamou três anjos para trazê-la de volta.

 

O Senhor disse a Adão: “Se ela quiser retornar, o que está feito está bom. Se não, ela deve permitir que todos os dias 100 filhos dela morram”.

 

Os anjos deixaram Deus e encontraram Lilith no meio do mar, nas águas onde os egípcios estavam destinados a se afogar. Eles repetiram as palavras de Deus, mas ela não quis retornar. Os anjos disseram: “Então nós devemos afogar-te no mar”.

 

“Deixe-me!”, disse Lilith. “Eu fui criada apenas para causar doenças em crianças. Se a criança é um homem, tenho poder sobre ela durante oito dias após seu nascimento; se for uma menina, por vinte dias”. Os anjos insistiram pra ela retornar, mas Lilith jurou a eles em nome de Deus:

 

“Onde quer que eu veja vocês ou o nome de vocês em um amuleto, eu não terei poder sobre essa criança”. Ela também concordou com a morte das suas 100 crianças por dia.

 

Amuletos de proteção na natalidade e na fertilidade contra Lilith

 

 

Assim, era comum ter no berço e nas roupas das crianças amuletos com os nomes e imagens tanto de Lilith como dos três anjos. A maioria desses amuletos (Shmirot e Qame’ot) serviam pra proteger a mãe e o recém-nascido.

 

Encontrados em forma de Jóias, tecidos bordados, amuletos de papel, escritos ou impressos foram uma tradição durante toda a diáspora judaica. A profusão destes amuletos revelava a profunda sensação de insegurança que reinava na área da fertilidade e natalidade.

 

Vários ritos de proteção foram realizados e transmitidos por mulheres. As paredes da sala da mulher grávida, sua cama e mesmo seu corpo eram portadores de invocações repetidas, como a fórmula “Adão – Eva – Fora Lilith – Sanoi Sansanoi Semangelof”. O berço e o espaço circundante à criança também deveriam ser fortemente protegidos.

 

Mulheres da comunidade judaica local, incluindo a vizinha da família eram mobilizadas para assegurar o cumprimento dos ritos de proteção. Considerado como o momento de maior perigo, o dia e a noite antes da circuncisão eram os de maior mobilização para derrotar o assalto final de Lilith. Orações e rituais apotropaicos se combinavam para aumentar a eficiência.

 

Mitologia Israelita

 

 

O lendário demônio Babilônico Lilith parece ter sido conhecido por escritores da antiguidade e possui uma breve menção nos escritos do profeta Isaías, embora traduções modernas da Bíblia omitam tal nome. Similarmente, Lilith era conhecida na tradição Judaica como um demônio cultuado pela nação Babilônica.

 

No capítulo 34 de Isaías dos escritos Hebraicos TANAKH, o Senhor declara sua vingança contra a Idolatria da nação de Edom, amaldiçoando-na com terras desérticas e solos inférteis. No versículo 14 é dito “lá também deve repousar Lilith e encontrar para si mesma um local de descanso”. Lilith é então associada como um demônio conhecido na época, banida para “terras desérticas e inférteis”.

 

Succubus e Incubus, filhos da suposta primeira mulher de Adão

 

 

Com Lilith também surgiram as lendas vampíricas: Ela teria 100 filhos por dia, Succubus quando mulheres e Incubus quando homens, ou simplesmente Lilims (espíritos da noite). Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano.

 

Também podiam manipular os sonhos humanos, e seriam os geradores das poluções noturnas (ejaculação involuntária que ocorre durante o sono). Uma vez possuído por uma Succubus, dificilmente um homem saía com vida.

 

Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como um aperto esmagador sobre o peito do homem (uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão) e sua habilidade de cortar o pênis com sua vagina, segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.

 

Curiosidade Bíblica que “sugere” Eva como a segunda mulher de Adão

 

 

No primeiro capítulo do Livro de Gênesis, versículo 27, está escrito: “Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher“.

 

Porém, no segundo capítulo versículo 18: “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.“

 

Apenas no versículo 22 do segundo capítulo que Eva é criada: “E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem“.

 

 

No primeiro capítulo há uma sugestão de que essa mulher criada juntamente com Adão seja Lilith, pois “…criou o homem e a mulher” (Gênesis 1:27) e, considera-se o versículo 23: “Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada.”

 

Dessa forma, podemos verificar na expressão de Adão “…esta sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!…” a afirmativa de existência de outra criatura que não era qualificada como mulher e que não se podia se submeter a ele, pois era independente, estava no mesmo nível de criação, à mesma altura de Adão.

 

Na Renascença

 

Michelangelo representou Lilith como metade mulher, metade serpente no ato da tentação de Adão e Eva.

 

 

Na Mitologia Suméria

 

O nome antigo Lilith deriva-se de uma palavra Suméria utilizada para descrever demônios femininos e espíritos de tormenta.

 

Na Mitologia Mesopotâmica

 

De acordo com mitos da Mesopotâmia, o demônio Lilith voava durante a noite, seduzindo homens e assassinando mulheres grávidas e bebês.

 

Na Mitologia Grega

 

Resultado de imagem para As diversas faces de Lilith

 

Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, “A mulher escarlate“, uma Deusa que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.

 

 Segundo o Cristianismo

 

 

De acordo com o site Bíblia Católica News, a crítica científica do Antigo Testamento identificou diferenças de estilo no relato das mensagens bíblicas. A estas diferenças chamaram de tradição javista, sacerdotal e ainda eloísta.

 

Estas tradições não são realidades, mas hipóteses que facilitam o estudo do texto do Antigo Testamento. Dizer que uma suplantou a outra é ainda mais imprudente. Mas infelizmente é desta forma que a Mentira se transfigura em Verdade, aguçando a curiosidade humana, pois todo mundo gosta de se sentir um descobridor da Verdade.

 

Ainda segundo a óptica dos cristãos, os textos do Antigo Testamento foram preservados por homens fiéis a Deus. Portanto, seria estranho que homens com tanta intimidade com Deus, como os profetas, ficassem logrando o povo de Israel com um texto bíblico falso.

 

A tese da transposição dos textos bíblicos também é desfeita pelo fato de existirem inúmeros manuscritos do Antigo Testamento que chegaram ao nosso tempo. São mais de 56.000, segundo os estudiosos. Por que somente os supostos manuscritos javistas sumiriam totalmente da face da Terra?

 

Referência de figuras mitológicas na Sagrada Escritura

 

Em Is 34,14 lemos:

 

“Nela se encontrarão cães e gatos selvagens, e os sátiros chamarão uns pelos outros; espectro noturno frequentará esses lugares e neles encontrará o seu repouso” (Is 34,14).

 

O termo que no português foi traduzido como “espectro noturno” ou “animais noturnos” é “liyliyth“.

 

Segundo o léxico hebraico, “liyliyth” signfica: “1. Deusa conhecida como um demônio da noite que assombra os lugares desolados de Edom. 2. Animal noturno que habita em lugares desolados”.

 

A Bíblia muita vezes se refere a agentes capazes de trazer o mal (demônios, feras selvagens e etc) através de figuras mitológicas.

 

Como Israel era cercado por povos pagãos, teve contato com a cultura deles. Portanto, sofreu alguma influência por conta deste convívio. A Sagrada Escritura embora seja divina se expressa não poucas vezes de forma humana, para se fazer entender. Portanto é natural que Deus na Sagrada Escritura se sirva de termos comuns que signifiquem o mal. O próprio profeta Isaías também utilizou a figura de Leviatã em Is 27,1.

 

Para os cristãos, se considerarmos verdadeira a existência de Lilith, temos que considerar como verdadeiro também o que se contra sobre ela. Nesse caso, seria verdade que demônios poderiam ter relações sexuais com humanos, e a existência de vampiros seria real. Para eles, essas coisas são fantasia pura e se existissem esse mundo, tudo já estaria bem pior do que está.

 

 Fotos: Reprodução

 

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Muitas são as interpretações da Bíblia Sagrada, e como já foi dito no início desse post, cada um decifra as mensagens de acordo com sua crença. Importante é respeitar o ponto de vista de cada um. 

 

Estranho Mundo

 

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