Conheça o 'Blocu', bloco que invadiu as ruas de São Paulo um ano após o polêmico 'Golden shower'. VEJA FOTOS

Carnaval é sinônimo de alegria, mas também causa polêmica. Há um ano da postagem no twitter com cenas pornográficas e menção do presidente Jair Bolsonaro, sobre o chamado "Golden Shower", foliões do bloco carnavalesco "BloCu" saíram nas ruas nesta segunda-feira, 24, homenageando o 'episódio'.

Com o nome pra lá de sugestivo o "BloCu" é um grupo de artistas independentes que usam pouquissímas roupas. Este ano enalteceu a liberdade sexual, ao som de música eletrônica.

Os foliões custamam a usar no bloco apetrechos como chicote e vibradores, chamando a atenção do público para o respeito à diversidade e também fantasias sexuais.

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A polêmica levantada no ano passado relembrou o “Golden shower” - que é uma prática sexual saudável quando há consenso e nenhum sofrimento entre os envolvidos.

Foi esse ato feito por dois homens diante de uma centena de foliões no centro de São Paulo, que foi replicado em vídeo nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O vídeo foi gravado na última segunda, 4, no centro de São Paulo. Um homem aparece dançando em um ponto de táxi após introduzir o dedo no próprio ânus. Na sequência, surge outro rapaz, que urina na cabeça do que dançava.

Na quarta-feira ,6, Bolsonaro voltou a comentar o tema em rede social com uma pergunta econômica: “o que é golden shower?” A hashtag "goldenshowerbolsonaro" figurou entre os temas mais comentados no Twitter no Brasil durante várias horas.

Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade (Prosex) da USP, pergunta: “será que todos ali queriam ver aquela cena? Faltou consenso entre eles [casal] e o público?”

“Eles estavam numa espécie de palco aberto em que as pessoas que os assistiam não tinham nada a ver com a intimidade deles”, explica Abdo. “Há quem os aprovaria, mas há também quem desaprovaria.

 Para Abdo, “numa festa popular, como o Carnaval, a última coisa que a gente acaba avaliando seria o comportamento das pessoas com exatidão. Tem muita coisa envolvida.”

Urinar sobre o parceiro em busca de prazer sexual deixou de ser uma patologia há menos de uma década. Os psiquiatras se debruçaram sobre a questão e retiraram a urofilia, como a prática é conhecida no jargão médico, do rol das doenças psiquiátricas, considerando que para ela acontecer é preciso consentimento do parceiro.

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Fotos: Reprodução

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