Este nutriente tem uma ação anti-inflamatória e um papel na redução do estresse oxidativo. Saiba mais
A endometriose é uma doença inflamatória na qual ocorre a migração do tecido que reveste a cavidade do útero, conhecido endométrio, para outras partes do corpo. A doença é crônica e afeta as mulheres em idade reprodutiva, afetando significativamente a qualidade de vida, principalmente pela dor que, além de severa, costuma ser crônica durante o período menstrual.
O tratamento pode contar com a administração hormonal para controle da doença, contudo, os ajustes na dieta e nos hábitos de vida são determinantes para o sucesso dele.
Basicamente, uma dieta que envolva substâncias anti-inflamatórias pode ser essencial, além da prática de atividade física, que também auxilia no manejo do estresse.
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Considerando essas informações, existe uma substância que, associada aos bons hábitos, pode ser relevante no tratamento.
O resveratrol se trata de uma fitoalexina, um antibiótico vegetal, produzido pelos vegetais em resposta à infecção fúngica ou à exposição à luz. A substância é amplamente conhecida por estar presente nas uvas, com colaboração nobre à saúde humana. Na literatura científica encontramos respaldos da sua ação anti-inflamatória, que se manifesta suprimindo fatores de expressão de vários genes relacionados à inflamação.
Em paralelo a isso, a substância também parece atuar um papel na redução do estresse oxidativo, ou seja, o estresse que gera a maior produção dos radicais livres no organismo, responsáveis pelo envelhecimento e no surgimento de doenças inflamatórias. É visto que o resveratrol ajuda a neutralizar os radicais livres do organismo, representando uma excelente vantagem.
Outro efeito demonstrado foi a inibição de uma proteína chamada VEGF. O VEGF é uma proteína responsável pela estimulação de novos vasos sanguíneos, um processo conhecido como angiogênese. Um dos encarregados pela produção desse VEGF é justamente um sistema imunológico mal funcionante, que resulta numa série de substâncias pró inflamatórias.
Logo, os efeitos do resveratrol são mediados por uma rede de várias vias de sinalização celular que colaboram para a supressão da proliferação nas lesões endometrióticas, reduzindo a inflamação e o estresse oxidativo.
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Apesar dos estudos em humanos ainda serem escassos, a maior ingestão de resveratrol pode ser feita naturalmente pela alimentação ou até suplementos. Por ser considerado um fitonutriente nobre, a presença dele numa alimentação saudável pode ser considerada, por isso, basta manter uma boa ingestão de frutas vermelhas como uvas, morango, mirtilo, cereja e framboesa, amendoim, cacau e suco de uva integral. Além destes, a suplementação também pode ser uma possibilidade.
Fonte: Metrópoles